quarta-feira, dezembro 26, 2007

sexta-feira, dezembro 21, 2007

matáfora

metáfora (matáfora) irônica para aqueles amigos esquecidos dos amigos...






"é a partir de pequenos detalhes que se revela o todo."



a vida é correria, não há tempo. existem prioridades. não há tempo. o telefone não pára e, acima de tudo e das torres arranha-céus, dos anjos, de Deus, há os interesses. ah sim, os interesses, esses governadores-gerais da emoção.
não há tempo. e se acaso o faz que eu conheci quem me chama lá do outro lado, não importa. não há tempo. fecha-se a porta. não há tempo para respostas. apenas para propostas.

"detalhes, detalhes tão pequenos de nós dois..."
canta Roberto. canta pra mim.



quinta-feira, dezembro 13, 2007

quarta-feira, dezembro 12, 2007

bué da mãe bucicleide

a Terra tá que é um buenaço bueiro. O nome da Terra virou Bucicleide. Bucicleide do Bucaneiro, escrava dos Bucentauros.
Bufa bufona!
bué! bué! tem fartum, bué!
tem budum! bué! e é bucha!
Bufa bufona!
que saudade d´outros tempos mais bucólicos quando os bucentauros eram ainda apenas bulhufas a devorar bugalhos.
mas... e o Budha?
o Budha!? O Budha virou bugre, e hoje come até buchada.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

pra ter sonho bom


a sensação de sonho bom é quando se fica com um estiradinho na barriga, e mesmo depois de acordar nem carece ir logo comer. (a comida que desce, apaga as imagens flutuantes em auréola.)
essas coisas de sonos de sonhos é um sonho para muitos! tem gente que dorme mal, tem gente que nem tanto assim, mas eis que nunca sonhou sonho-caleidoscópio ...

quem sonha só com pretume, não pode desistir, porque o sono-filminho é fácil ter!
basta querer, não precisa muito apoquente. é só ficar deitado com travesseiro fininho, imaginar coisa boa, enchendo o pulmão e esvaziando bem devagarinho.
e então...
e então tu vai ver...
vai surgir até passarinho e tudo vai ser só bom-bom.

quarta-feira, dezembro 05, 2007


terça-feira, novembro 27, 2007

get off of the case!

à Tati Dias

há certas histórias que, por mais toscas que possam ter sido, têm um mérito: são inesquecíveis.
então, eternizo isso,- um pedaço escrito de nossa vivência nos derradeiros momentos em que nos despedimos do script estudantil.




nos dias beges dias que se arrastam cinco minutos antes da apresentação final do semestre, eis que um questionamento oscilante vai surgindo entre hesitações, entraves, e talvez (vá lá saber!) merecedor de alguma glória.

- tu apresenta a primeira parte.

- tá, a primeira parte.

- não, faz assim: apresenta a final.

- ok, a final.

- não, não, apresenta a primeira parte.

- tá bom, a primeira parte.

- não, pensando melhor, apresenta a final.

- tudo bem, arremato o mote. tem certeza?

- sim! mas nã... não. esquece. apresenta a parte do início.

- pô, mas afinal, tem que decidir! a primeira ou a última parte?!!!!!!!...



e então começa a apresentação.

quarta-feira, novembro 21, 2007

segunda-feira, novembro 12, 2007

quando pintei minha casa, escolhi várias cores. não existe cômodo algum que repete as cores. cada parte é destinada a sentir e viver um estado de espírito diferente. então, eis um haikaizinho dessa vivência carnavalesca.



depois de pintada
Olha morada!
ficou toda corada!

sexta-feira, novembro 02, 2007

suco do arrepio


Marquesa é a menina do pirulito da maçã verde, e tem segredo que não é segredo: a bala chiclé escondida na bolota quebrada e que arranha o céu da boca. nunca pode tomar suco de laranja, a pele do palato está toda machucada.

muitos já notaram! ela sempre disfarça o bochechão pra roer e mastigar tudo até virar caquinho, fazendo um monte de suco dentro da boca.

agora, acompanha a turma, não podendo brindar entre os alegres tim-tins alaranjados. então, sem copo na mão, pensa ela:
- hummm...
- eita dorzinha gostosa no canto da boca! essa minha maçã verde é cítrica, arrepia as bolinhas da língua como se ela sentisse frio!

terça-feira, outubro 30, 2007

décimo haikai


jaz a abóbora na janela
enquanto a ovelha
nem sabe que é pra ela

domingo, outubro 28, 2007

da ausência


o dia em que eu te pedir perdão
as caraminholas da tua cabecinha
esvanescer-se-ão...

tenho essa ligeira impressão
porque assim como tu eu sou
sou toda, toda coração!

segunda-feira, outubro 22, 2007

ministério da acidez

se na vida há muita educação, muita mesura, um atestado de otarice redunda em chegar.
penso que se tem de ser um estilo pé na porta, bocarra no mundo e perdigoto nos ares.
e então verás...
verás se um ser ministro, respeitado, com base em Antares não vai vingar...

terça-feira, outubro 16, 2007

grayriana

na falta da atmosfera necessária para o meu contínuo parir textual, vasculho arquivos remotos.
e ufa, bato o ponto.





Porto Alegre, 26/08/2005

segunda-feira, outubro 08, 2007

hãn-hãn! pisando em outubro, então dona the méris. mês dez em todos os sentidos. amo esse outubro ou nada. e, desde pequena, eu sempre imagino um cubo cheio de surpresas saindo quando se fala nele.



na real, os meus escritos são verdadeiras bravatas, e levá-los à sério é dar corda pra doido mental bater cinza de bituca em meio ao vento que não vem.


...o tempo vai passando e não sei por que cargas d´água eu insisto em continuar a ser essa finjidora, dramática vaselina de arranque verbal maquiado; e isso, tenho que admitir,- tudo apenas para fazer gênero na vã pretensão de ter alguma reba de personalidade que o valha; mas no fundo, pouco importa-me o pão e circo.

ah, claro, e o ópio?

prefiro na narguila fumegante com rosas, em cima do meu carpete.

a verborragia do post abaixo, mesmo que não pareça, é uma despretenciosa brincadeira, tentando alfinetar mais o eu, do que o tu, Daiane, propriamente; e enfim, tentar alguma coisa diferente; fazer (acho eu) nascer um ser que não é, que simplesmente nunca existiu ou, ora, ainda por quase pouco, não conseguiu existir. mas agora! xiiii já existe! a poeira foi levantada [foi bom pra caralho, (me dá um cigarro)]; e depois que as palavras vão ao ar, bau-bau, já era beibe, nada volta a ser como antes no quartel de Abrantes.

eu, por exemplo, descobri uma pobre coitada residindo dentro de mim; tri emocionada ela,- inflamada empregadinha escorpionina, tipo aqueles cachorros pequenos que latem quando o grandão tá na guia do dono, saca. ó, tadinha, cerra o punho quando o assunto é macacada. mas uma macacada com orgulho de suas jaulas, bananas, retinta negada forte, suada, bacana e rebolante às ganha até o chão. ui! uma pusta brasilidade cor de cobre!

Ai, aquelas influências irreversíveis (chá de cogu sem volta) de Fernando Pessoa, Alberto de Campos e Caeiro, sabe. O cara não deixava uma reles vírgula de vestígio de ser ele o cunhador de derrames da alma, palpitações por pasto verde, lágrimas ao vento por pétala caída na bosta... enfim, transmutação total do ser.

Acho bárbaro esses travestismos desnecessários. e justamente essas unnecessary things é que me dão um prazer absolutamente Necessário pra continuar tocando o barco da vida e motivando-me, cada vez mais, para viver o mundinho, o mundinho aquele, longe da selva, mas perto, bem perto dos sonhos, essas bençãos tão leves... quiçá tão hard... e divertidas, porque mexem com a emoção, pois, ao mesmo tempo que catárticas, purificam ao gerar um redomoinhozinho ora angelical e que finda num inferno muito do bom e delirante, que consegue rachar a alma ao meio de tanta satisfação por uma coisinha tão grão, tão zinha, besteirinha inha.

é, o meu mundo é dos átomos mesmo. estão ali, pequeninas e contidas, todas as energias circulando, caladas em suas invisibilidades micro, mas lá lá, chegando lá-lá-lá, estão bem lindas, fitness com bunda de saúva em calça de vinil brilhosa, absolutamente avassaladoras em suas pulsões mortais...
shshshshshshshssssssssscorpion, baby.
shhhhhhhhhhhhssssss cala-te, mulher. falar demais é dizer o que de nada serve.

quarta-feira, setembro 26, 2007

O mundo é uma ponchada de terra Vermelha em volta do olímpico

ó repugnante fraternidade! ali se postam os prosélitos sob o dossel de ferro e fogo da miséria. e depois da amotinação do enxame tricolor, o fogo da rocha arremeteu-se rubro, formando um arco cintilante acima da redoma Torquemada da Padre Cacique.

é uma coisa muito loca isso de falar de futebol; nunca fui fanática, mas é só cutucar o formigueiro que a coisa começa a se apoderar do meu espírito, tal qual psicótica devoção de converso em reunião de seita diabólica, e, quando a gente vê, está tomada de uma inflamação fervente de um sangue que nem mais meu deve ser...

na empolgação de comentar a foto da minha amiga de infância, nasceu esse resfolegueado desabafo meio à JC Braum das labaredas, meio à Psiquê do Cupido Lúcifer; e o estranhamento que se deu foi quando acabei o texto; não parecia que era eu, a mariana, tão desligada da perda de tempo que sempre achou o futebol... e sim, uma forma tenebrosa com alguns poucos indícios nisemblatianos a afundar as teclas, como se tambores de guerra fossem a retumbar na abertura sacra do Mar vermelho, ao reverenciar uma assembléia da qual sequer tem carteira.

seriam as divindades aquelas, a baixarem encachaçadas e ambrientas de alguma vitória nesse corpo cheio de orgulho que brota do nada?!?





ah, mas que sangria desatada esse sangue azul escorrendo pelas tuas veias e tinturando no chão o derramamento dessa paixão tão cega!


tudo bem, tudo bem, eu sou acobreada ovelha negra, virada casaca aos nove anos e sem arrependimento sempre pronto pra peleia; e sei, que por mais que todo o céu seja azul, toda guerra é vermelha.



mas vamos parar com a poesia, o papo agora é muito sério, mas ô guria, o que fizeram de ti depois desses tantos anos? tu, minha companheira de copo, trago, guitarra e viola, minha influência mais incisiva no pisar, virou gremista!!? uma gremista doente!? mas putakeospamesmo.



é foda. dói por dentro. tu, chimanga, e eu, maragata? ahhhhh, dói. dói, porque eu nunca vou te enxergar como gremista; e por mais que tu ache que tenha que se jogar mijo nos Colorados, eu acho mais ainda que estou sonhando e não me acordaram.

transpõe a barreira, eu sei que tu quer, eu sei que tu pode; entra na ambulância e vem ser sofredora, porque foi justamente contigo, Mazô, que eu aprendi, -sem dor, amor, não há o prazer!



mazááááááááááá, COLORADA!

não há tirano que cale a verdade rubra dessa alma Farroupilha!

sexta-feira, setembro 21, 2007

explicação A sides

dando continuidade a esfarrapada desculpa da postagem abaixo, cumpro falar do A sides, bravata das minhas migalhas de inspiração, anteriormente prometida.



tia, por que não posso comentar?







resolvi ser ditadora, acredita?
uma cegueira! uma febre tersã, uma sede insana de poder assomou-me à boca, da boca às teclas e, de chofre, sem mais tardar, a têmpera nata de um Nero se fez por cá, - as pessoas só comentam se eu quiser, quando eu quiser e acaaaaso forem consumidoras do laboratório Epifzer. e, ainda assim...



tudo depende.



depende do coooosmos.


dos moooscos.



e dos moços

dos moços bonitos que caminham e olham quando há que, ou



se há que.





e, se assim o for, deixo livre o comentar.




piu. piu. piu. piu. piu. piu e viva a prima Pio Bella vera!

segunda-feira, setembro 17, 2007

explicação B sides

volta e meia, as pessoas me mandam recadinhos, dizendo que não conseguem comentar por aqui. então, eis que resolvi bolar duas respostas para o justificável questionamento dos viajantes que passam por essas bandas.
são duas explicações, - lado A e lado B - não sei se todo razoáveis. todavia, como não sou regrada, começo pelo B sides.



por que não deixo a opção de comentar?



well, na maioria dos dias, há uma imensa dificuldade de apertar o simples botãozinho de "mostrar comments" e então sou vencida pela soberba preguiça que me soterra, e então fico aqui, na genial inércia inercial, sem ao menos um verbo extradiegésico ter; ao menos um elogio para embriagar; abreviações nauseabundas, uma crítica dos que me odeiam, um vômito agraciado dos boêmios ou uma ameça de morte, enfim.


poucos sempre souberam disso, mas sempre chega o dia do desvelo:
há tempos o silêncio é meu amante, e ronda-me, soturno, premiando-me como rainha por escolhê-lo...

domingo, setembro 09, 2007

qui vidin

Pois é, essa coisa de blog caralhog shmog da vida é uma espécie de momento Opus Dei do meu flagelo existencial, - quando dou a cara pra bater pelas minhas pseudo-verdades inventadas. Mas, enfim, gosto às ganha dessa cachaça. Me identifico cada vez mais longe dos humanos, (pelo menos nesses terríveis dias de trabalho de conclusão) estando aqui deste lado, na minha perfeita vida de tela plana de crediário escravo.


A coisa tá ficando mais ou menos como uma bola de neve, e assim como os códigos de barra do sisteminha precisavam fumar os seus crivos nos intervalos da devoradora roda-viva, eu preciso escrever alguma fumaça de delírio em algum canto.


Preciso escrever para respirar, tchê. Tô doente. Chego em casa me mijando, jogando tudo pelo caminho; mas como uma fêmea fiel e inarredável de seu domínio, seguro a onda da túrgida bexiga, e então me ponho a parir idéias no maldito blog, ou em iscrépis por aí à fora, antes mesmo de me aliviar de uréias.
Sim, idéias antes de uréias. É mais ou menos esse o lema.
Talvez tudo isso passe, talvez, não. Viver é isso, é achar uma cachacinha pra ficar feliz com a vida enquanto tudo explode lá fora.



( Hoje eu escrevi com letra maiúscula. Ui! Que vassalinha dos códigos! Chega a dar uma agônia).

segunda-feira, setembro 03, 2007

truques

hoje, ao passar algumas antigas anotações a limpo, percebi que existem muitas histórias esperando na fila para ganhar vida; e eu, arredia com tudo o que se refere à disciplina, acabo sendo injusta com as ordens de chegada, pois ainda não soube criar um fichário de espera que me fizesse levar a sério o paciente aguardo de minhas gestações.

sou uma mulher caoticamente organizada, e sejam quais forem as regras - apriori, já sou odienta delas; mas sei, sei sim, no final, tudo acaba se arranjando e tomando lá alguma ordem.
e eis que já que a dona língua está a bater nos dentes limados, tentada sob a pinicante tentação de afiá-la, confesso, que o grande sustentáculo dessa entropia toda é o fato de ela saber pregar peças, (muito bem ensaiadas por sinal); então, naturalmente, nunca ninguém percebe que vivo em um atoleiro organizacional de grande fachada; e diga-se, de passagem, uma digna pio bella ragazza de fachada; que pintei, aliás, de vermelho, para chamar bastante atenção; assim, as pessoas não olham para retaguarda que está meio bege, apenas para não dizer cheiinha, pingando de tanto mofo...

truques -, essas patifarias necessárias para fazer a vida de vitrine render.
ou... vai dizer que esse texto realmente comunicou o que tu esperava?


mas que descarada bravata estilística!
(blasé chulé, mariana, isso é o que tu é!)



terça-feira, agosto 28, 2007

cascas não visíveis

tem vezes, quando o sentimento de cumplicidade é ferido, que acaba por matar um pouquinho do que ainda resta de nós. acontece. é a lei. a casca da ferida não só se faz em tombo infante. a casca aberta ou não, pode ser provocada pelo o simples abraço ou parabéns que ficou no desejo que fosse dito, esperando para ser desembrulhado com fita colorida na expectante noite que não veio.




o mundo é cruel como as chibatadas desmesuradas nos cavalos famintos. e pode crer. dói mais do que supomos. as cascas não visíveis dipensam mertcholate: não há cura. é desenho de tatuagem imagético -, umas menores, outras maiores, enfim, cada uma a seu modo a preencher a pele.

quinta-feira, agosto 23, 2007

água parada


hoje, faz mais de uma semana que eu não dava a luz por aqui. ao contrário do que acreditava, nem sempre podemos ter o melhor dos mundos, que lá no fundo, a gente finge existir, driblando madrugadas ao dormir feito coruja para manter em dia o exercício da escrita que, se acaso parar, perde a liga.

notaram? a água do blog começa a ficar parada. tal qual um aquário esquecido de água velha e sem mais oxigênio.

o acelerar da vida real arranca-me do plano dos sonhos, essas bênçãos tão necessárias para aqui seguir com esse meu canto reservado à magica de dar vida ao que brota de mim.

enfim, que caiam gotas, muitas gotas aos borbotões bem gordos na água esquecida. e que os seus círculos trêmulos na superfície, por mais esparsos que possam surgir, sejam o sinal do bater do meu coração, aqui, palpitando a vida nesse mundo tão bom e distante daquele surreal lá fora que me salta às barbas.

o mundo das palavras precisa de ti, mariana.

e tu, mais ainda, delas.

quarta-feira, agosto 15, 2007

por aí...

(segredinho só entre nós): as lágrimas de uma aparente tristeza é agüinha da emoção, reservada e fiel ao meu sempre verter quando acabo de dar à luz ao que, de uma forma, ou outra, chega ou parte de mim.

não vou-lhes mentir, leitores, eu sempre me emociono ao escrever, e, tal fato acontece, porque no plano da embriagante escrivinhação, posso trazer o agora, o ontem, o nunca, fazendo vocês, parte do movimento universal dos tantos olhos curiosos que vêem entre tantos vai-véns de vens curiosos por desvendar o meu aqui, seja ele as coisas bonitas, feias, dolorosas, triviais e idiotas desse pedacinho micro do meu mundo, da minha vida na Terra que chora.



bueno, chega de desabafos, vamos dar uma volta? que tal?
sair por aí e invadir outras fronteiras além blogspot?
pois que hoje resolvi escrever em um outro lugar; então, clica em cima da imagem e vamos viajar juntos até lá.

;)

terça-feira, agosto 07, 2007

marcador


Existem tantas situações que podem servir para marcar etapas da vida; e, independente de tudo ao redor, se tu quer ou não, enxergue ou sim, tenha mai ou pãe, diga nim ou são, sempre haverá as fases. A fase das coisas, dos bichos, das mulheres, dos quase homnídios, dos homens e homens e OMOS de fases.
Todos, quase todos, têm uma maneirazinha, mesmo que nem tanto secreta, de demarcar etapas.



Vaso ruim, um novo chão pra cair. Os cachorros (obviamente) escolhem os postes. Os gatos desnorteados, sapatos para enxixizar. Os ratos, novos bueiros a peregrinar. O João de Barro, os melhores galhos para morar. Os pandas, as melhores bambus para mastigar.
Os presidiários, um celular para fugir do celar. O Pão duro, uma conta do além para reclamar. Popuzudas, novos shorts para atolar. Ninfomaníacos, novas esquinas para trepar.

Políticos, pares de tetas para mamar. Deputado, nova loteria para acertar. Hipocondríaca, uma nova boleta para delirar. Robocop, novos chips para detonar. Os árabes, novas guerras para encetar. Ninfas, um novo Ulisses para aliciar. O entendiado, um raro pássaro para engaiolar. O ledor, um livro não lido para engasgar. A revista, um factóide para orbitar, a mulher romântica que nega, um Roberto Carlos para cantar, e a mulher bipolar, sapatos Paramar.



O carrasco, uma cara vítima. O popstar, um escândalo.
Chefs e gourmês nem precisa dizer. O OMO, um novo lançamento.
As principesas falidas, perfume second hand. os coitados, sapatos de brechó.
Narizes que respiram com o cérebro escolhem a música. E cérebros que respiram com o nariz escolhem óculos escuros da hora pra fazer chamariz. Tudo, mesmo que por um triz, uma fase. Mesmo que dure uma vida. A vida é uma fase. Até porque, daqui a pouco, nossos pés precisam ceder lugar a outros que vêm.


Então está tudo assim. Tudo bem demarcado. Etapa por etapa. Cada qual, bem feliz, à sua maneira, vivendo a singularidade das suas pretensões plurais.
A começar por mim...

quinta-feira, agosto 02, 2007

bêjo

estava, te juro, há mais de seis meses para escrever algo sobre o beijo. enfim, tomei coragem para falar um pouco sobre o privilégio que a cama dos dentes pode extender a nós, beijoqueiros, ou não.
hummm. são gomos fofos que se encostam, alguns arrastados, outros menos delongados, e, quando podem, em ócio sensual. sintoniza. é aqui ó :- *
não muda de estação. o beijo é antena à sintonia da emoção.



beijos! há uma série que se estalam por aí. beijo oriental experimental apenas na horizontal. que tal? beijo rotatório - tambor armado de FARC indômita. beijo esquimó. minuto a minuto nunca é o ó. beijo queijo. um selo. dois selos, três selos bem secos, assim, só por ser. clichê, merdê.
beijo sangria desatada, drácula da sede além boca. beijo pescocês. beijo balinês. beijo musical. beijo de beber. de comer. insensato de arrancar pedaço.
beijo de crente - de tia no ar. ganhar, não-ganhar já tanto faz...
beijo para ser louvado - do salva-vidas. assoprado. ligeirado, no ato. sem hora pra acabar.

lingüinha de cobra. língua dura de saracura. linguão de boi babão. beijo-bafo com bala chiclé.
e um beijo de outro planeta? ah não! é o ranheta do cara careta. pobre. pobre beijo.
pão-pão-bêju-bêju, se com mais quêju eu quéco derretido. beijo rico, então.
beijo popstar, teatral cheio de técnica malabar. beijo borboleta ou enlagartixado, às vezes, pra lá de perfumado. beijo espumante, mamado-dançante, mas olha só que cabra safado!
beijo privilégio de rei. ei! por que todo mundo nega se quer um babujado?


fecha os olhos. mas nem tanto. espia por fina frestinha de pálpebras. faça beiço. beija o beijo! e fuja das locas bocas lobas mais interessadas em fazer-se notar do que em dedicar para amar!

segunda-feira, julho 30, 2007

caraca!


(alto lá, mariana! um pouco de simplicidade nessa vida! tenta. vamos! acho que tu consegue.)









feliz é o caracol! pode levar o lar a qualquer lugar e
sem esfarrapadas desculpas de não poder dar uma carona.

domingo, julho 22, 2007

antes de ser depois



a perda. a perda de que falo é a privação da presença, do calor outrora tão bom. e em meio ao malogro de estar viva, entre o vagido do amargo soluço e a busca de um bálsamo curador, surge, lá de dentro do dentro, algo em mim. uma imagem. a salvadora imagem de um botão. um simples botão que apareceu para me salvar da dor de ter os pés no mundo. basta apertá-lo.
entre as tantas e tantas imagens que rodam na minha cabeça, a essa bendita, que agora está em minha mente, eu me agarro com toda força possível para então sobreviver. de chofre, e o mais rápido possível, eu começo a sonhar. a campanhia do botão CTRL Z aparece atrás das minhas pálpebras.
eu posso. eu quero. eu vou apertar esse botão. um barulho começa a soar fininho dentro do meu mundo recém criado.


após a pressão do dedo sobre a saliência da peça, a vidaaaaaaaaaaaaa voltaaaaaaaa. as coisas todas que estão lá na frente vão voltando para trás. e o insólito nunca foi tão bem-vindo em minha vida. bendita seja a campanhia do botão. o antes, tudo aquilo que já foi, reestabelece-se ao seu toque. e assim como uma planta com raiz pendente é colocada à terra, o pedaço arrancado de mim é colocado de volta ao seu lugar. na lentidão das mãos desabituadas a enterrar, areia sobre areia, o buraco aberto vai sendo tapado. um alívio percorre o corpo. começo a sentir as coisas acomodaram-se, e de volta, tudo aqui, intocável de novo.




olho em derredor e vejo o pó flanando das superfícies à luz, os livros de muito tempo na cabeceira, agora na prateleira, as pombas de outrora, envenenadas pelo louco, arrulhando na minha rua, avisto pela janela pássaros voando de ré entre as nuvens, os algodões da Paineira, no chão da Protásio Alves, voando rumo ao cume das copas, e sons lá de longe - vozes alegres entremeadas aos chamamentos carinhosos e aos grunhidos felinos de quando ela vinha saltando no ar e fazendo os seus barulhinhos. tudo isso está novamente perto de mim. que alívio reconfortante traz essa campanhia mágica. ameniza-se a dor. e viver depois de seu toque é sair por aí sem olhar o relógio irrevocável do tempo.



ela não está. ao mesmo tempo está, ali, me olhando, porém não consegue mais expressar o esplendor daqueles dias de brincadeira. o corpinho está sem calor, e minha tristeza verte em mar sem-fim ao ver os olhinhos em meio palmo me olhando e, por debilidade, mexe apenas uma orelhinha como reconhecimento do meu rosto.




é, eu sei. é a hora da despedida. a gente pode ver. não precisa dizer nada. o silêncio sempre foi o intermediador maior do entedimento. uma porta lá longe, em um outro universo, está sendo aberta; agora vais poder continuar dando teus galopes no ar, bem atrás daquela porta que se abre para ti, minha Punk querida.


quarta-feira, julho 18, 2007

inoculado oco


momento julho. faxinas, lides manuais, menos intelecto, mais mudanças e escassa inspiração. gata Bizunga doentinha, eu ocupada com limpezas de orelha bichada e, claro, com o meu próprio vazio criativo que intempestivamente deflagrou-se, talvez, ante a própria necesidade de finalmente ocorrer.
não há condições, definitivamente não há. durante muitos dias rumino possibilidades, histórias, crônicas, acabrunhados sofismas, acasos, casos relatados ou poemas vagos para aqui bater o meu ponto funcionária pública blogspot; mas, desta vez, foi fatal. o vírus do grande oco inoculou-se nesse corpo inercial, que em vão, só em vão mesmo, tenta algo. entretanto, de "algo" só algodões embebidos de Otodem parecem daí sair.
o relógio ponto da trabalhadeira sem eira nem beira parou. precisa de relojoeiro. o relojoeiro está arrasado. a tragédia do A-320 que explodiu agora há pouco o abalou; necessário se faz esperar que ele se reestabeleça e, enfim, consiga raciocionar para encaixar peças para o tic-tac tictacear.


obrigada, xodós, xodouas, pelas visitas constantes que o meu infalível contator acusa por aqui.
deixo meu aceno preguiçoso com delongada piscada borrada de uma visionária querendo um algo mais, ainda, ainda desconhecido.

quarta-feira, julho 11, 2007

o bonecro verde de Daisson


Pamela Dienifer Tiélen apaixonou-se por Daisson Michel, em uma pensão de Cidreira. trocaram juras de amor, telefones e endereços eletrônicos. entretanto, dizem, algumas neutras línguas, que nesse dia, justamente nesse dia, em que se falavam pela primeira vez após as férias do carnaval, Dienifer estava pra lá de Bagdá, Síria, Egito de Iemenstruada.





- oi?
- ...
- oiiiiii, tudo bem contigo, Daisson Michel?
- ...
- pô, faz um tempão que a gente não se fala.
- ...
- fala!
- ...
- saudade, sabia?
- ...
- diz alguma coisa!
- ...
- ...
- não te faz!
- ...
- eu tenho que sair daqui a pouco. não perde o meu tempo.
- ...
- ...
- ...
- ei! pshshshst!
-...
-...
-Pamela Dienifer Tielen acabou de chamar a sua atenção!
- ...
Você não pode utilizar esse recurso mais de uma vez seguida.
-...

- beibe, presta atenção, eu não fico louca por ti quando tu entra nesse silêncio de respostas do teu fraseado automático. sacratíssimo, úúúúúú, eu não fico nada, nadica, nenhum pouco delirante para ouvir a tua pseudo-rouquidão bem sussurrada quando tu apresenta essa contracenação babaca, aqui, na garganta de tempo do msn. caramba, ô merdentíssimo, eu fico triste, pra ser sincera, até frustrada, por querer saber de ti, da tua vida, e não conseguir sequer saber uma vírgula, uma triste vírgula ou travessão de um pedaço de feijão. bem se vê que o tempo é bem padrasto contigo. provavelmente, caiu numa foça, tá mal por uma outra rainha das neves....

- mas tudo bem, esse é teu destino, justamente por essas reações formidáveis, que tu já deveria ter enterrado há algum tempo, hein. tá mal? ação e reação. e assim será por toda a vida toda vida, até que tu cresça e tua macheza não dependa no teu gingado de macho dominante. aliás, o bom gingado, (aquele mesmo, o gostoso que a gente conhece) é apenas um iceberguizinho, que representa o fiofó lá do cachorro lá do sítio.
olha pra cá! não estou jogando, como tu, cacete poluto, aqui não é jogo de dama, xadrez, ai, odeio bingo! ou o baralho a quatro. o que

- existe é a vontade de um diálogo dinâmico, mesmo que rápido. e não esse banho maria ridículo em que tu acha fazer doce-de-leite.
tenho, consideração, amizade, paixão e um quase formigamento odiento de ti. mas tudo bem, fazer o quê?

- a ti, tudo de bom, sempre.

- cara! eu tava no banheiro. foi fulminante.

quarta-feira, julho 04, 2007

gremista vermelha

pseudo-poiesi de gaveta. coisa antiga na camanga.
ah, não vale?
talvez truque de cafetina?
o fato é que diabos! essa diaboloua me inspira!


poder e glória da cabeça que me pariu! minha rainha comunista, fantasminha do ferrado efeito cam fotosensível; mesmo enterrando o diário de 64 no quintal, nunca silenciou essa boca autêntica.

finca o garfo da verdade no meu peito! fala as mais ácidas cruezas sem papas! bate a cinza do teu crivo nas minhas escleróticas e me cega pra´lgum bem qualquer. vai!

não importa a dor!

isso! tira o limo da minha pretensão bastarda:
"mariana, tu te acha pra caramba; baixa a bola, guria! e vai fazer urgente um curso de gramática!"



(essa é minha mãe)




domingo, julho 01, 2007

tuvêtevendo?


devo escrever alguma coisa? (não adianta, não consigo não escrever).


mas enfim, acho que posso brincar de vez em quando, né?
caramba, cansei! acabaram-se minhas estórias cutes, meus ódios transbordantes e deliciosos de aqui estampar, minha Lili literatice Nice simplesmente findou! e chega! chega de discurso blasé!
aliás, a única coisa que sei de momento é que devo brincar mais com as palavras; mais, preciso mais! muito mais!

comecei com essa idéia mágica quando fui obrigada a fazer uma pesquisa odienta, ao cúmulo de chorar de tédio, para a cadeira de Prática de Ensino I, em uma editora bãm-bãm-bãm de abalo. (foi quando vi deus de súbito! dá para acreditar? deus! deus em pessoa, finalmente tomou corpo e apareceu à essa atéia sionista, lá na Mauá, em um fúnebre dia cinza!) porém, ao invés de debruçar-me a folhear livros pedagógicos e fazer anotações para a minha orientadora, delirei sem sequer sentir uma brisa de remorso, nessa franca delícia do Arnaldo, que até então não conhecia.
ARTE!
AR!
AR!
TEARTEARTEARTEARTE liga!

terça-feira, junho 26, 2007

tubarão auto-ajuda

barata filosofia de vida sem preço para bon vivants entendiados.


a vida tá sossegada demais? a rotina começa a ficar monótona e coisas tantas parecem perder o sentido?
hummmmm.
é, já é sinal. é sinal de que chegaram tempos novos de acordar da água parada. e a melhor forma para nos mantermos despertos é colocar o tubarão na tina da existência.
pode reparar, sempre que tiver um tubarão, ali, contigo, minuto a minuto a nadar na tua volta, haverá a luta com gosto e o olhar desperto para a vida.
ah, o amigo leitor há de convir comigo - só as coisas difíceis e perigosas é que tornam a vida pulsante.
bota o tubarão na tina, vai! enfrenta que a vida é mais do que uma várzea e seus lambaris raiados!
te lança em garfo, guapo! te escafede do pote, Potira! e te some pelos confins a tal nado de fazer vento molhar chuva; e então verás que os tempos não mais serão mortos. serão, ha-ha, por um tris, quase de esgualepar a alma esbaforida!
;)

quarta-feira, junho 20, 2007

vidaestampavida



não me venham com cantilenas!


à casa do Senhor instrumento fálico com frases de estampa pra causar efeito.


vida de estampa, comida de estampa, gesto de estampa, arroto de estampa, amor de meio níquel estampado, e que nem mendigo quer.


e o sofá ? será que a espuma quer essa tal estampa ?




cega. totalmente cega aos bons costumes essenciais à política do bem-me-quer. ah, mas pelo menos consigo enxergar a humanidade fazendo alguma coisinha lá de vez em quando pelos manos chimpas*. e posso te dizer, estou bem preocupada com as visões. existem bons espíritos, mas em geral, o bicho-homem é de boquiabrir as portas da náusea.


*chipanzés

quinta-feira, junho 14, 2007

eu cato


N
eu cato. eu cavo.
invento até onde dá.
um circo bem montado para estar
mas no fundo tudo é grande farsa
sou uma remendada às carreiras
mas um dia eu hei de há.
por enquanto só sou de ah.
de ah - meu deus.
meu deus quanta coisa!
para derramar o choro
mas eu hei de há
ser boa moça no rebel
mas que tonta mosca!
pra lá e pra cá
ora vive a liberdade
atrás de cheiro de quindim
e por fim nada além...
não encontra nem pudim
então vai à luta
cava qualquer birita
e inventa até onde dá
um motivo, uma saliva
para aqui estar, enfim...
N

segunda-feira, junho 11, 2007

téc


Ai, ai, ai...o ser humano e essa téc, téc, téc, téc...
- Téc o quê?
- Ah, tecnofilia.

Pois é, o ser humano às vezes busca a ilusão balsâmica de que só os resistors, modems e válvulas podem dar - a proximidade física ao não estarmos tão próximos assim. E então, tudo fica mais fácil quando as palavras podem voar desnudas e sem medo de encontrar barreiras de caretice.
A internet faz milhões de indivíduos realizados, endoidados, babados e surtados, pois o signo representativo do eu transita livre, aqui e ali, sem precisar de warm presenças para se bastar em si.

Olha, para alguns seres, pode ser preocupante quando a atenção à godnessnet beira extremos de fissura, para outros, um salvador alento à solidão; mas a grande verdade sob o entedimento do meu microcosmo capsular é que essa parafernalha toda de cabos, tubos, placas, satélites e téc-técs, salva da crueza da rua. E a melhor coisa é se iludir às turras de que a vida é perfeita e cheia de magia. (ah, pára! é maravilhoso perder a noção do tempo e ficar aqui, adentrando todas as fronteiras, num sem-fundo que não te exige nada além de ser uma estátua perdida de olho congelado). E o pensamento nesses momentos de trepanação via modem, é sempre o mesmo - "só mais um pouquinho"... "só mais um pouquinho"...
eita conspiração diabólica, Mr. Gates!

Mas essa hipnotização cerebral é perfeitamente entendível, pois, via de regra, o pensamento do obsediado internauta gravita inconscientemente na órbita do "ah, daqui a pouco tudo acaba, agora quero mais é ter prazer", e sendo esse tudo uma grande ilusão, recriamos-na sob forma de realidades necessárias à nutrição do espírito que está sempre em busca de algo hedonístico para confiar a existência.
Olha um exemplo: eu cá, no quentinho, protegida da chuva, viciada na net e me fingindo que manjo alguma coisa desse papo de dominação da téc . (é, nóis sofre, mais nóis goza).

domingo, junho 03, 2007

formão na mão, eis a religião



Há várias formas de se ter companhia. Tem gente que tem companheiro de copo, tem gente que tem companheiro de viola, tem gente que tem de reza, de rave batstaca, ou chimarrão invertido; Enfim, tem gente que inventa qualquer coisa e, por parceria, pode achar algo imaterial para se enrodilhar nas necessidades que brotam do nada.

Sabe aquelas coisas às quais a gente se apega e que por si só já vale grande parte da motivação da existência?

Pois que minha grande e devotada paixão religiosa é dar vida ao que a metafísica me permite. Parir pensamentos por vacábulos é minha missão. Sou uma convicta parteira de verbos, e, tamanha bruteza é minha lide - não uso fórceps, pois o formão é o ferramental para esculpir ao que eu bem quiser no final. Mas que pusta arma eu tenho em mãos! Formão metafísico do eu é mais que Galil, UZI, HK 44 e M-16 ratateando por ódio ideológico em território inimigo.
Formão na mão é religião. E eis a melhor arma de aniquilação. Palavras, palavras, às vezes dulcíssimas, como puro mel de apiário; outrora fel como a amarguenta bílis subida à goela por náusea.

Palavras e suas larvas, louvores...
e o resto?
O resto é silêncio. Pois ele, ele é o maior mestre de todas.

terça-feira, maio 29, 2007

amar de odiar


há momentos em que o amor é sobremaneira sublime que esgota a sua paixão em um intempestivo ódio involuntário de esmigalhar de amar.

segunda-feira, maio 28, 2007

el mundo regresa al interior de un saco

estadista Estrumeira Golpe-Baixo,
ser traíra não basta
logo, um Franco Ofineiro da Bosta.

para usted, gran ladrón de quatro esquinas, Hugo Chávez.


a raiva de dentes enlouquece
expremendo da boca todo o seu fel
não bastando o limite dessa incandescência
os dentes encarniçados arrancam ao vazio
e não encontrando carne para descarnar
arrancam a liberdade transmitida no ar
a insinuante serpente-tubarosa se arrasta
intensa como uma fibra de nervos
regala-se toda em trono ditoso
observando os débeis chorosos
neo-aprendizes de que democracia e sofrimento
caminham juntos
na américa latina silenciada a espanco.

sexta-feira, maio 25, 2007

ti-ti-ti


ti-ti-ti
eis um enxofre de chofre!
eia lá verbo sulfúreo parido
nem tudo está perdido
a bruxaria vai tomar conta
alegra-te e faz um pedido
pensa fundo e imagina
um mundo menos fedido
a começar...

por ti!

sábado, maio 19, 2007

o palheiro do velho


- pai, o que é isso o que tu tá fumando?
- é palheiro.
- tem certeza, pai?
- ãããham.
- então por que tem o mesmo cheiro do cigarrinho dos guris lá da esquina?
- e qual o problema de ter o mesmo cheiro?
- ah, eles me falaram outro nome.
- o que aqueles mandriões te falaram, filha?
- ah, falaram um outro nome bem diferente. disseram que era Santa Maria.
- é? mas esse aqui não. esse é o palheiro.
- cara! deixa de ser omisso! fala logo a verdade para a tua filha!
- tá bom, gorda, tá bom. minha filha, isso aqui não é palheiro. é baseado.
- mas baseado no quê, pai?

quinta-feira, maio 17, 2007

dentes de aço para pão de pedra

em minha despretensão galopante para com o mundo... é isso por hoje. é isso o que há.
senso?
prefiro um incenso.
bem longe de mim.





desde pequena gosto de descarregos e têm dias que dizer verdades ácidas me alimenta deixando-me pulsantemente viva. e sempre haverá uma vítima e pouco me importa a sua inocência. é simplesmente uma escolha - tal qual os nazis em seus apontamentos de dedos deletérios. apontou tá escolhido. e então começa o despejo das pequenas loucuras acumuladas dentro dessa grande boca intoxicada.

...


vamos lá! vamos lá! muita atenção!respeitável público! a Companhia do Engenho Maquiavélico orgulhosamente apresenta:
O Bicho-Homem Circunstancial: sim, vale menos que um varal - grana, músculo, status quo, como bostedo de brilho em cabedal.
palavras gratuitas, verbos sorteados, tudo-tudo apenas só por ser nessa vida...
então com vocês e para vocês:
dentes de aço para pão de pedra!
e para esquecer as visões da bicharada infame... beba um alcoolzinho econômico, assista a uma imbecilidade coletiva, alguns rebuceteios na tela e, se ainda assim, não for suficiente para desopilar essa massa do faz que pensa, saia por aí, distribua meio-sorrisos vitrínicos achando que um abrir de dentes colgate talvez exista em você.
tchá-tchá-tchá-tchá!
será?
e viva a brancura dos dentes! ora pois! mas claro! é a alvura desse santo osso, o único Algo fiel embaixo da terra, quando já não tiveres mais nada além de caveira e queratina em volta do teu pós carbono.

dentes de aço para pão de pedra - engula tudinho se for capaz.

segunda-feira, maio 14, 2007

sonso sonho


o sono sonso sopra sonhos. estou em cima das nuvens! os cabelos dançam de ré e aqui vôo com desejo de adormecer os sentidos se acaso me desequilibrar.
vestindo o pijama da infância sobrevôo minha cidade em cima do pato brabo do lago que cavei no quintal da minha casa tombada. daqui tudo é tão pequenino! e então vejo que somos grãos de pele pensando ser montanhas de cristais.
ui! de repente, o apeluciado tecido é rasgado, e agora não preciso temer. eu tenho asas!
agora é sonho, o pato não é brabo e eu estou a voar em seu fofo dorso emplumado.
ah... como seria bom se todos os patos perdessem a brabeza e nos levassem pros altos!

quarta-feira, maio 09, 2007

ululante angu da lulu

imanejável espuma seca da boca só dilui com gasolina.
meus ódios brotam pelo meu amor à verdade
e de pequeno broto vai a jorro de angu.

uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

sou nua de norma. desculpem meu pecúlio verborrágico,
mas me batizo na purificação de meus esconjuros picantes.


fazer o quê?



ME SACARÓN LOS PULMONES POR LA BOCA!

sábado, maio 05, 2007

ele

Planeta: Terra. Cidade: Tóquio. Como todas grandes metrópoles do planeta, Tóquio se acha hoje em desvantagem em sua luta contra o maior inimigo do homem: a poluição. E apesar dos esforços de todo o mundo, pode chegar um dia em que a terra, o ar e as águas venham a se tornar letais para toda e qualquer forma de vida.

Quem poderá intervir?


SPECTROMAN!