quinta-feira, março 30, 2006

por que tenho blog?

afinal, qual o objetivo desse blog, hein? faço vocês virem até aqui pra quê?
descobri essa indagação com a Patrícia Berg quando ela postou ante-ontem ali embaixo.
nunca tinha parado pra pensar qual o objetivo de eu ter um blog. e tu? já pensou porque tu quer um? ou é este mais um produto pra dar carteiraço de ser que sente?
acho minhas escrituras tão sem importância, tão sem maiores novidades a encerrar... então, por que cargas d´água tenho um blógui, pôrra?
diz aê!
humpf, acho que fi-lo (blarrrrgs), sai pra lá bicho pedante charlatão! fiz um blog apenas pra ter um lugar fora do chão, fiz um blog pra colocar meus pés no ministério do ar, assim como subalterno faz quando patrão acaba o turno... e, como não fumo cigarro e não tenho grandes vícios, encontrei um, (pelo menos por enquanto) que preenche a necessidade de um cafezinho, de uma tragada ou, acreditem se quiser, de uma gelada na sexta-feira. essa é a explicação mais razoável que encontrei pra justificar esse espaço destinado à coisas incertas e aquém das expectativas dos meus leitores ledores. ter um blog é partilhar um cigarro com vocês sem tê-los ao meu lado, mas acreditando piamente na idéia de que estamos todos muito próximos. e na verdade estamos, não estamos ?
estamos, sim, colados feito cachorros de transa fiel através do núcleo www, nessa teia, cujo os aractéres bem combinados se encarregam de tecer com o aval da boa vontade nossa de cada parto. é nessa folha impalpável fisicamente ( o que ainda depois de 10 anos de internet acho um surrealismo) que vou descobrindo juntamente com vocês, o bom de partilhar as idéias, planos, diferenças, bobagens, asneiras, já que o tempo insuficiente não permite que a coisa seja mais cara-a-cara.
fiz um blog porque minha vida mudou para uma espécie de mara-maravilha life´s pós sbt e faço questã de compartilhar essa crendice toda com vocês. é, assumo - virei crente e demente. detalhe: a minha crendice usa sapato alto, tem barriga, é cheia de charme, acha que abafa e tem um blog.
fiz um blog pra ser rica. é isso aí mesmo - fiz um blog pra ser rica - rica de cores, verdades minhas, ilusões momentâneas e imagens do achól googól do estado-paralelo.
tenho um blog pra fazer gol no esperável do outro dia.
e a cada dia goleio blogicamente.
gol! mais um gol.

bon voyage

acho que o Marcos Pontes é diferente.
No quê?
sei lá, parece que toma boleta.


quarta-feira, março 29, 2006

bah

pois é, né. vivendo cercada de fatos abomináveis, chego a essa fatal conclusão.

deliver her to evil

quando a gente pensa que vive a rotina nua e crua o tempo o todo, aí é que a gente se engana. ontem teria tudo pra ser um dia aparente normal... até que um elefante humano de A a Z sentou do meu lado. de sua boca saíam asneiras transbordantes, que sem parar, nutriam o meu asco através da voz de granulada modulação exitante.
a gente nunca sabe quem vai sentar do nosso lado em sala numerosa. mas putakeospa, quando vem o demônio galego aí é pra ter desfecho com chaves de ouro em uma segunda-feira tipicamente garfieldiana. imaginei mil apelidos pro ser que respirava o mesmo ar ali comigo, mas acabei esquecendo o codinome antes de chegar em casa. é, a gente sempre esquece as coisas não importantes.
na aula, olhava pro lado e via as outras colegas tão frustradas quanto eu com os vitupérios da bronca-branca-cega...e , claro, só restava lamentar os insucessos de sua fracassada comparação de obras modernistas com as de auto-ajuda de banca de jornal. a pinta foi muito infeliz. e jurava que abafava todas, isso é que doía mais: ver a iludível satisfação de uma cega. sou da opinião que se tu não sabe as coisas, fica quieta, pombas. pra que querer se mostrar ao público, com um discurso vazio mais pra "alô mamãe, I´m here" do que do que contribuição pra fazer vale a voz e a interrupção do momento que flui. mostrar-se ao grande grupo é ótimo, dar existência aos influxos intelectuais que surgem é incontestavelmente precioso, e tem que ser rápido antes que vôe; mas por favor, brancas azedas noveleiras duma figa, falem algo que preste! esse papinho aí, é atestado patente de quem vê malhação antes de ir pra faculdade de letras usando botinha América mesmo sem calçar.
dã.
uma boca e dois ouvidos. pra quê mesmo, hein?
deliverhertoevilwithsoundtrackintthebackground.

segunda-feira, março 27, 2006

dreaming

tantas coisas na cabeça por esses dias que escoam da minha vida. passei a segunda me conscientizando sobre o que estava ocorrendo no canadá. sabia em que aquela altura, famílias e mais famílias de focas estariam sendo aniquiladas enquanto eu, aqui, no meu mundinho bom e aquecido, estava prosseguindo a vidinha perfeita e cheia de planos.
como vocês podem perceber, apelo para o visual estético quando a cabeça está cansada e as palavras não querem ganhar existência, pois tudo começa a acontecer devagar e sem grandes entusiasmos em minha volta. me esforço pra colocar algo bonito e encher os olhos nossos nesses ares virtuais. queria agora dormir num sonho bom e, sei lá, se acordar amanhã. dormir é um escapismo necessário. adoro desperdiçar baldes da minha existência me iludindo com orfeu. e o cruel disso é que tempo não se recupera. o tempo não volta atrás. existe uma pílula que freia isso?
preciso.

a matança começa

pois é, começa então, hoje, a matança de focas no canadá. o governo autorizou o número de 325 mil animais à população. afinal, de contas, os carnívoros precisam comer e encher o cu de carne até se fartar de proteína. faz frio lá, tá pensando o quê? precisam socar dinheiro güela a baixo, enquanto peidam as famílias dizimadas.

domingo, março 26, 2006

porto alegre, 234 anos de pura história

porto alegre faz anos. parabéns porto alegrinha malegrinha! 234 anos de puro cocô nas calçadas da cidade. isso até certo ponto é bom, sabe, pois ficamos em forma ao nos desviar constantemente dos soretinhos caninos. ah, o exército brasileiro agradece, através do meu espaço, o treinamento gratuito que os cãezinhos, tão altruístas, nos concedem. obrigada Tupã, Rex, Yuki, Fifi, Doca, Bilu, por manterem meus bíceps femurais inchados. as pessoas andam me perguntando se eu danço no é o Tchan pra ficar com esses pernões aqui.
ah, não muda porto alegre, ficarei em depressão se eu não enxergar merda de bicho no chão. é tão bom, sabe. ainda mais quando eu volto com aquelas moedinhas no solado, e de quebra, que barbada, economizando no incenso e criando climão em casa. obrigada porrrrrrto alegre. cidade afuzel. cidade do brique e das badalhocas sem-fim.

brokeback mountain

brokeback- a homofobia nossa de cada dia - o filme de Ang Lee, desaloja estereótipos, inclusive dos chamados filmes gays, que muitas vezes veiculam um único modelo de homossexualidade.
é raro um filme me pegar de jeito, mas minhas fichas continuam caindo até agora. saí como que carregando uma mala de consternação da sala de cinema, e sem rodinha pra atenuar o atrito. preciso de alguns dias para digerir melhor o desfecho. tô mal. a coisa ficou dentro de mim. tá pulsando, e é latente a agonia de imaginar as pessoas que não têm o direito de viverem normalmente sob luz do dia. o final trágico do casal de coubóis devido à homofobia, atualiza a cena da vida real de qualquer homossexual cujo reconhecimento público do seu amor ainda é condenado ou ao assassinato, ou ao anonimato, ou permitido parcialmente pela lei, segundo uma hierarquia de valores incrustada pelos séculos. um beijo não deveria ser explicado, nem dar explicações. muito menos ficar reservado ao escurinho do cinema. como será tudo isso no futuro?

sábado, março 25, 2006

festa no apê


Freud já dizia: prefira os animais aos humanos.

desejo do desejo?



o desejo é o desejo do desejo do outro?

amigo invisível: -como assim tia mari?
m de cocô: responderei hoje como uma psicanalista charlatona. é simples amiguinho ignaro:

desejo é relação peculiar, porque, afinal, não desejamos propriamente o outro, mas desejamos ser para ele objeto de desejo. desejamos ser desejadas, donde célebre definição do desejo:
o desejo é desejo do desejo do outro.

-mas não conta pra ninguém, tá? (colei o texto de literatura portuguesa I de lírica camoniana). te mete comigo. sou uma charlatã de marca maior. sou uma medalhona. não, não é merdalhona que eu escrevi, guri! o quê? tu, aí, não sabe o que é ser um medalhão? então vai ter que esperar. quer as informações, assim? no más? eu ralo pra saber os lances e tu vem aqui querer saber tudo de graça e na barbada? volta amanhã que eu te explico.
;)

sexta-feira, março 24, 2006

doidões

white man: - cala a boca e me bêja logo!
tô doidão dentro dessa rôpa.
esses pano dão um calor forte.
redman:- calma bentinho, eu tô aqui. calma. sou santo, mas também sinto calor.

mariana tetra-pak


eu choro pela humanidade cada vez mais egoísta que não enxerga nada, além de auferir lucros e obter vantagens, patrolando qualquer forma de existência mais vulnerável que a sua. sim, ainda continuo chorando por saber que vai demorar pra essa bosta de matança das focas acabar. já faz parte da cultura. está arraigado no sangue do rei da selva-de-pedra. enquanto isso, continuamos, aqui, eu, tu, com a nossa vida perfeita e confortável de ter livre arbítrio e tranqüilamente decidir nossos rumos de continuar a entupir o planeta de mais lixo. você já parou pra reparar na espécie de lixo que faz?
tava olhando o meu lixo, na quarta, e percebi, que sou uma pessoa afortunada. eu sou mariana tetra-pak, muito prazer; mas eu choro pelas focas. provavelmente, isso já redime a minha pena dos anos-luz que meu lixo leva para se desintegrar nos lençóis freáticos onde nossos filhos matarão a sede. mas, calma, não é tão ruim assim. antes de descer pro lençol, o meu lixo vai pra ilha das flores, e lá, é admirado por quem vê a cor das caixas coloridas de suco das quantas frutas nunca provadas. tem personagem novo na embalagem do meu frango empanado! e ele anda na bicicleta almejada do antigo natal que não veio. no pacote de salgadinho emoções, de camarão, ainda tem coisa dentro! mas vejam só... a caixa prateada do creme anti-age lòreal é em relevo modernista! o meu danone aveia e laranja é de 60 ml!
vi uma foto e um filme sobre isso. do copo de iogurte bebem escassa água quando não há racionamento. na caixa com anglicismos das modeletes, guardam suas pequenas riquezas encontradas em seus domínios de butano. agora eles têm porta-jóias.
esqueço sempre dentro do pacote a figurinha artist collection dos cachorrinhos malteses. quando, na chafurdação do pão de cada dia, encontram o doguinho autocolante, a alegria momentânea de ser presenteado pelo acaso não tão padrasto, ganha existência em seus lábios engessados de fuligem.
e quando cansam de se refocilar nas montanhas, brincam de aprender a ler na embalagem das minhas pilhas. tem tanto numerozinho, que aprendem ali, no topo mesmo, a contar na embalagem alaranjada degradê. aprendem signos universais de fotografia do solzinho e chuvinha naquele papelão. e sonham, sonham acordados e risonhos, de figurinha na mão, a liberdade de encontrar o pão no chão.

quinta-feira, março 23, 2006

por que, lagarto?

o governo canadense pretende autorizar a caça de 325 mil focas jovens este ano, e isso ameaça principalmente as focas recém-nascidas.
por que homem-lagarto?
por quê?
eu preciso saber o porquê.

quarta-feira, março 22, 2006

contra a matança das focas


gostaria de uma atençãozinha e a contribuição do meu seleto grupo que aqui vem espionar o besteirol constante, pra desta vez algo bem sério: pro abaixo-assinado contra as matanças das focas no Canadá. não custa nada assinar lá, pessoal. são gestos simples que podem mudar muita coisa podre nesse mundo. eu, pelo menos, acredito, principalmente por ter duas grandes amigas envolvidas nessa questão da defesa-animal. o grupo desse site é extremamente organizado, diferentemente do nosso país. portanto, amigos meus, entrem nesse site e contribuam, tá? vai ser legal e ainda vão se sentir bem depois.
muito obrigada!

a arrogância palavrosa


tenho consciência da inocuidade deste expediente, mas:
— Ma che brutta bestia!
a arrogância palavrosa do discurso improvisado um dia muda?
então vai, sela teu destino, sapo boi: bate forte o tamborzinho aê e fuma o teu charutinho cubano, outrora pestilento de todo um maracanã.
ah, sim, te concederei o direito a um padre e a um último pedido.

terça-feira, março 21, 2006

bem-vindo, dedé!

estou feliz que meu amigo de infância voltou a escrever. ele criou um bloguito pra ele hoje(creio eu, pra exorcizar o que transborda por esses dias de um agora à bala) e escreveu coisas tão bonitas, achei. quando a gente trocava e-mails, na época que a internet tinha recém chegado aqui, era uma diversão garantida. e sério, a pauta, sempre, sempre mesmo, causava uma espécie de uma gargalhada-convulsão-animal que explodia dentro da barriga da gente! bah, tenho que tentar achar aquelas coisas todas na casa antiga e, quem sabe lá, e se meu caos inato permitir, eu acharei... tomara, porque era definitivamente hilário aquele lance todo, daquelas invenções capsiosas, a putaria inocente em alto estilo e ainda com gif animado e mongolóide a balançar na tela, projetos cinematográficos frustrados, mas, enfim, eram todas histórias reais de quem sempre transbordou pure feeling. assim era o tempo dos e-mails do dedé e da mariana, lá pelos idos de 98 e 99. bah.. quantas fases dessa vida, né? e tudo passa tão rápido... mas que bom, que bom que os amigos ainda escrevem. os amigos próximos e distantes também. eu amo lê-los. sempre vou lá pra conferir as idéias, a escrita e o que tá passando dentro deles, porque por mais que exista a distância, não quer dizer que deixei de gostar. sabe, confesso, que nunca julgo ou reparo se tal coisa se escreve assim ou assado. o meu prazer se dá em ler os meus amigos. prefiro, sim, não sabiam? todos eles a Manuel Bandeira, Carpinejar ou Gracialiano. Claro, né, tem muito mais gosto a gente ler as pessoas próximas ao nosso coração.
AMIGOS, desculpem por eu não ter tempo nem pra raspar as pernas, mas o que eu sinto aqui dentro não preciso provar ou demonstrar existência. eu apenas sinto. e assim é minha verdade e o meu jeito - sentir, mesmo de longe.
ah! claro, esqueci o mais importante da pauta: o endereço do blog, blógico:
é isso. aventurem-se pelos caminhos inesperados de um ariano.

in and out


vem cá, hein, às vezes tu não te sente a nítida representação desta imagem? bah, ando nuns dias que até tô virada do avesso, como um gomo de bergamota com o conteúdo de dentro exposto aos ares... pois é, deixo pro meu leitor então sacar qualé que é de ser assim.. paga-se um preço bem alto, mas vale a pena. a gente não se envenena com o que pensa.

domingo, março 19, 2006

tiras malvadas

massa o site dos malvados. eu me diverti, pois as tiras do jornal são sempre tão chatinhas....
quer visitar?
clica aqui então.

sábado, março 18, 2006

homem sem barriga: espécie em extinção.

quinta-feira, março 16, 2006

a idéia da rita lee

no programa do Amaury Jr., a cantora e ativista rita lee teve uma daquelas idéias brilhantes, dignas do seu gênio criativo. reclamando da inutilidade de programas como o big brother, ela deu a seguinte sugestão: colocar todos os pré-candidatos a presidência da república trancados em uma casa, debatendo e discutindo seus respectivos programas de governo. sem marketeiros, sem máscaras e sem discursos ensaiados. toda semana o público vota e elimina um. no final do programa o vencedor ganharia o cargo público máximo do país. além de acabar com o enfadonho e repetitivo horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos.
a idéia não é incrivelmente boa? se tu também gostou, espraia essa grande sacada dela para os amigos e compartilha essa campanha: Casa dos Políticos JÁ! revolução pra malta.

quarta-feira, março 15, 2006

seja o número!


Olha só a imensidão dos diários virtuais! a internet tem cerca de 27,3 de blogs e segundo estimativas do google, cerca de 70 mil destas páginas são criadas diariamente em todo o mundo. O número de posts diários chega a 700 mil ou 29,1 mil atualizações feitas a cada hora. A quantidade de blogs disponíveis na web dobra a cada cinco meses e meio. Do total de todos esses diários virtuais existentes, 2,7 milhões são atualizados pelo menos uma vez por semana, enquanto 1,2 milhões recebem novas informações diariamente.
Bah, nesta velocidade, é impossível ler tudo o que aparece de importante sobre determinado assunto. na real, o grande desafio é encontrar as informações mais interessantes e confiáveis dentro deste universo. se bem, que a gente acaba se centrando no da gente e mal olha pro lado! então vê capricha na tua bobajada pra fazer valer o número. seja O Número. eu me sinto e tu?

katrina

relembrando katrina

terça-feira, março 14, 2006

questionamentos à marginália


a via campesina prega um mundo sem empresas e outras coisas mais. Então, por que não se reúnem e invadem os confins siberianos, onde não irão atrapalhar a vida de ninguém e também não serão incomodados pelo progresso?

quem teria interesse em destruir experimentos e roubar dados dos HDs da empresa Aracruz? O ataque nada tem a ver com a reforma agrária, tem características de sabotagem e espionagem empresarial. O MST não existe juridicamente e, em um país decente, seus supostos líderes já estariam presos.

a dama e o vagabundo


É incrível a ZH colocar no título de uma matéria que Lula foi pontual no encontro com a rainha da Inglaterra. Primeiro, ele nunca foi pontual em seus encontros. Segundo, o mestre-de-cerimônias ressaltou o atraso. Terceiro, todos os jornais do mundo deram a notícia do atraso. A quem estão querendo enganar? Ou agradar?

segunda-feira, março 13, 2006

!


coisas que ainda precisam mudar.

domingo, março 12, 2006

Massa de manobra


tava vendo que o governador visitou o Horto Florestal e o laboratório invadido e disse em entrevista:
“É preocupante perceber que essa massa de manobra responsável pela invasão é guiada por um comando com ações tão direcionadas que ordenou a retirada das memórias dos computadores”. é inegável, esse pessoal é protegido e estimulado pelo esquerdismo bolorento – que sonha em substituir a democracia pelo totalitarismo – é sanguessuga amestrada de terras produtivas e do Erário..
não, pessoal, eu ainda não esqueci as pisotedas nas milhares de mudas de euclipto. aquilo foi de cravar pra sempre.

quinta-feira, março 09, 2006

marginália

décadas de pesquisa foram perdidas em virtude da ação do MST e pelos integrantes da Vila Campesina, que invadiram a Aracruz, no Horto Florestal Barba Negra, na Barra do Ribeiro. a laia insana destruiu estufas, inutilizou pelo menos 1 milhão de mudas de eucaliptos e depredaram um laboratório de melhoramento genético. e tu aí, me diz? que espécie de movimento de reforma agrária é esse? e depois, pra completar o forrobodó da chinelagem e desfechar com chaves de latão, muito própria da sua malta, invadiram a PUC, derrubando um portão com gritos de discurso copiado da internet pra lá de lugar-comum. pra mim, essa ação comprovou que as marionetes do Stédile estão cada vez mais perdendo o foco do seu real objetivo e desmerecendo por completo a imagem do movimento.
a invasão, nada mais, nada menos, pode prejudicar o RS na disputa para sediar uma nova unidade da empresa, que terá investimento de 1,2 bilhão de dólares para o Estado. o que eles fizeram foi i-n-j-u-s-t-i-f-i-c-á-v-e-l, pois trata-se de uma área florestal, e não uma devoluta , como eles propagam por aí em altos brados.
eu sei, é fácil de ver a conjuração pra obtenção do seu aleitamento! querem eles é mamata pura pra fazerem as suas tabas e viverem de cachaça e mamadeira da teta federal que a gente paga no final. e o que dói mais é saber é que o estado está falido e gente que desembolsará, obviamente, a proeza da marginália insana.
GUILHOTINE! GUILHOTINE!

quarta-feira, março 08, 2006

fragility day

dia da mulher?

então tá...
tapete vermelho embaixo do saltinho no dia da ode à nossa suposta fragilidade? bah, tem que ser muito Barbie cega.
na real, acho um saco essa cantilena de rememorar a fábrica incendiada com as mulheres lá dentro. tudo bem, não se justifica o acontecido e foi a maior injustiça atear fogo em 152 funcionárias que reivindicavam menos horas de jornada de trabalho. mas não acha que esse dia não acentua ainda mais o preconceito, hein? chega de querer ser a Florisbela, a coitadinha que não pode carregar muita sacola do super. a gente sempre güentou o tranco bem mais que os pingolinos varonis. o dia 8 de março tem a mesma conotação do que as cotas para negros em universidades públicas. hoje, não dá pra se iludir e sair pra jantar fora com o maridão. se liguem! comemorar o quê? a rachadura universal benevolente à vida?

sábado, março 04, 2006

conflictos na bundolândia


a foto, aparentemente interessante por revelar a diversidade gramatical do nosso brasilzão, na verdade, não tem nada de interessante, não. ela não é engraçada - e mais, ela sequer passa pelo comix instântâneo a la nescau corrido de manhã de atraso. o rgb ali de cima, senhores, vai além do humor negro consumido agora, nesses escorregadios segundos de nós, internautas competentes do grande nada. ela é podre de triste ao meu ver. ou será que sou sensível demais com o mundo? ou estou eu em vias de virar uma espécie madre teresa sulista e compungida?
cara, eu só quero acreditar na educação e no meu papel para com tudo isso que me soa tão injusto e imutável, sabe. mas vejo uma distância definitivamente impercorrível entre o meu potencial existente e a efetiva aplicação dele à sociedade.
impotência. sinto impotência na potência bundolândia do meu país. na minha cabeça, a educação dita "aplicável", funciona mais ou menos como se eu tivesse num constante sonho, daqueles em que a gente fica suspensa do chão, sozinha, movendo as pernas num bicicleteio do ar, distante, muito distante à base e sem vistas duma terra, duma calçada pra se apoiar e sair dali, daquele caminhar agonizante no vácuo. o movimento é lindo, claro, belíssimo, inclusive, parece uma cena circense; mas ela é bonita no circo e não na vida real. as coisas, tudo, tudo precisa de base, e eu só sinto as palavras soltas, ditas por dizer, ditas pra se ganhar o pão e preencher silêncio. é assim. é assim a máquina humana.
que se percam as palavras, então. que sejam todas varridas e entregues ao vento quando forem vazias. vai. vai vento, sopra toda essa merda sonora impalpável e me protege da hipocrisia do blá-blá balloon, balloon suflair. ôco. leve. sem peso. pode levar vento. agradeço.
que vivamos no silêncio. ou na cegueira. já tanto faz.
será melhor pra todos.
ah, por curiosidade, o que faço com meu potencial abarcado na lêndia da minha faculdade? sóco no cu? ou espero um pouco, pelo futuro da educação?
sugestãs são bem-vindas, gentes todas.


ó. o ôro

Composição:
água, tecido orgânico, ferro e vitaminas do complexo P. Atenção: Não contém CIMANCOL.

Prazo de Validade:
o número do lote e a data de fabricação, encontram-se na cédula de Identidade.
e para 50% do mulherio, no cartão de crédito.

tudo isso é a perfeição de deus expressa em poesia imagética. vale ôro. ô... se meu marido vê isso aqui, me mata se . talvez vá ficar com ciúme, sei lá. mas gosto de exprimir aqui toda a dialética que não aprendo na faculdade.

quinta-feira, março 02, 2006

dando os ares


pois é... me matei pra criar esse espaço e agora o abando às traças novamente. a falta de disciplina e o pouco caso com minhas escrituras, provavelmente, me levarão à falência. as aulas reiniciaram e decidi meter 5 cadeiras fodas. já tinha decidido, que não, que dessa vez seria diferente e que teria, enfim, um ano mais tranqüilo, com lacunas de agenda para as minhas 7 vidas em escorregadias 18 horas. mas não. endoudeci. endoudeci mesmo, porque definitivamente quero me livrar dessa faculdade fapolêndica. por mais que o curso seja belo e amplificador de horizontes literários, chega uma hora, que simplesmente, tolhe por completo toda e qualquer criatividade de um ser. claro, lendo apenas os grandes mestres, Euclides, Machado, Camões, Homero, não tem como achar o que tu escreve um grande bosta. tudo bem, tu até pode acertar no fraseado, conduzir sonoricamente um texto... , ter cadência e uma certa manha de sintaxe com a emoção, mas, jamais ser um deles. ser um bruxo. pra ser bruxo das palavras tem que ter nascido noutro século. longe desses sedutores recursos midiáticos que nos apartam, inadvertidamente, das palavras. vivemos a geração imagética. e cá pra nós, e sem chorumelas, é sedutor pra caralho ficar remando por aqui. a gente se perde. se perde do horário, parece que tudo pode ficar pra depois, e só mais um minutinho.. e vem cá, vem, ilusão, eu te quero. essa internet é um sci-fi paralisador de relógio, mesmo. a gente simplesmente se congela, ficamos como umas bestas de capinzal que nem piscamos... só pra ficar perdido, aqui, no estado pararelo que salva bastante do outro mais real. enfim, agora depois da aula, resolvi dar os ares da graça, só pra fazer valer a minha batalha blogueira.