Olha, meu amigo Edu, as coisas estão indo naquele crescente mais pro sumindo do poético do que pro indo do patético. Eu, suportando com necessário estoicismo o mundo operacional, binário - passa-passa passará passageiro acolá em todos os momentos, sem o mínimo tempo para aprofundamentos intelectuais, (ai, como isso faz falta) apenas para execuções exitosas no câmbio operante do rádio da companhia. Mas, contudo, sigo com alguns planos em mente - de regressar ao mundo das letras, nada ainda definido com afinco, (só com meu figo ((de dedo cruzado)) preciso que pelo menos o ano encerre, e eu veja os fogos no céu para me decidir de vez...
Confesso, por ora, minha literariedade ou qualquer simples vestígio de verve à escrita foi soterrada. Acimentada. Tapada por completo com camadas e mais camadas espessas pelo excesso de pressão diária e muuuuito trabalho. Sinto que é algo tal qual como uma pessoa que perde a voz, ou um alguém que deixa de ouvir o som, e, no meu caso, eu perdi as palavras - meus ouvidos, minha voz interna. Ou, talvez, tenham elas sumido de mim com minhas orelhas e voz... vá saber... quiçá, o desquite foi tácito e numa boa, de repente um afastamento temporário para o amadurecimento da relação? Afinal, nem sempre, (aliás, quase nunca) as coisas são como realmente desejamos. Que pena, achava que estávamos tão bem, eu e elas, de vento em popa... C´est la vie, mon Chér.
*foto do meu quarto antigo, assim deixado - sem vazio, sem desfalque, na casa da minha mãe. Acho que ela sentiria mais a minha ausência se a parede ficasse sem Eles.