quarta-feira, setembro 26, 2007

O mundo é uma ponchada de terra Vermelha em volta do olímpico

ó repugnante fraternidade! ali se postam os prosélitos sob o dossel de ferro e fogo da miséria. e depois da amotinação do enxame tricolor, o fogo da rocha arremeteu-se rubro, formando um arco cintilante acima da redoma Torquemada da Padre Cacique.

é uma coisa muito loca isso de falar de futebol; nunca fui fanática, mas é só cutucar o formigueiro que a coisa começa a se apoderar do meu espírito, tal qual psicótica devoção de converso em reunião de seita diabólica, e, quando a gente vê, está tomada de uma inflamação fervente de um sangue que nem mais meu deve ser...

na empolgação de comentar a foto da minha amiga de infância, nasceu esse resfolegueado desabafo meio à JC Braum das labaredas, meio à Psiquê do Cupido Lúcifer; e o estranhamento que se deu foi quando acabei o texto; não parecia que era eu, a mariana, tão desligada da perda de tempo que sempre achou o futebol... e sim, uma forma tenebrosa com alguns poucos indícios nisemblatianos a afundar as teclas, como se tambores de guerra fossem a retumbar na abertura sacra do Mar vermelho, ao reverenciar uma assembléia da qual sequer tem carteira.

seriam as divindades aquelas, a baixarem encachaçadas e ambrientas de alguma vitória nesse corpo cheio de orgulho que brota do nada?!?





ah, mas que sangria desatada esse sangue azul escorrendo pelas tuas veias e tinturando no chão o derramamento dessa paixão tão cega!


tudo bem, tudo bem, eu sou acobreada ovelha negra, virada casaca aos nove anos e sem arrependimento sempre pronto pra peleia; e sei, que por mais que todo o céu seja azul, toda guerra é vermelha.



mas vamos parar com a poesia, o papo agora é muito sério, mas ô guria, o que fizeram de ti depois desses tantos anos? tu, minha companheira de copo, trago, guitarra e viola, minha influência mais incisiva no pisar, virou gremista!!? uma gremista doente!? mas putakeospamesmo.



é foda. dói por dentro. tu, chimanga, e eu, maragata? ahhhhh, dói. dói, porque eu nunca vou te enxergar como gremista; e por mais que tu ache que tenha que se jogar mijo nos Colorados, eu acho mais ainda que estou sonhando e não me acordaram.

transpõe a barreira, eu sei que tu quer, eu sei que tu pode; entra na ambulância e vem ser sofredora, porque foi justamente contigo, Mazô, que eu aprendi, -sem dor, amor, não há o prazer!



mazááááááááááá, COLORADA!

não há tirano que cale a verdade rubra dessa alma Farroupilha!

sexta-feira, setembro 21, 2007

explicação A sides

dando continuidade a esfarrapada desculpa da postagem abaixo, cumpro falar do A sides, bravata das minhas migalhas de inspiração, anteriormente prometida.



tia, por que não posso comentar?







resolvi ser ditadora, acredita?
uma cegueira! uma febre tersã, uma sede insana de poder assomou-me à boca, da boca às teclas e, de chofre, sem mais tardar, a têmpera nata de um Nero se fez por cá, - as pessoas só comentam se eu quiser, quando eu quiser e acaaaaso forem consumidoras do laboratório Epifzer. e, ainda assim...



tudo depende.



depende do coooosmos.


dos moooscos.



e dos moços

dos moços bonitos que caminham e olham quando há que, ou



se há que.





e, se assim o for, deixo livre o comentar.




piu. piu. piu. piu. piu. piu e viva a prima Pio Bella vera!

segunda-feira, setembro 17, 2007

explicação B sides

volta e meia, as pessoas me mandam recadinhos, dizendo que não conseguem comentar por aqui. então, eis que resolvi bolar duas respostas para o justificável questionamento dos viajantes que passam por essas bandas.
são duas explicações, - lado A e lado B - não sei se todo razoáveis. todavia, como não sou regrada, começo pelo B sides.



por que não deixo a opção de comentar?



well, na maioria dos dias, há uma imensa dificuldade de apertar o simples botãozinho de "mostrar comments" e então sou vencida pela soberba preguiça que me soterra, e então fico aqui, na genial inércia inercial, sem ao menos um verbo extradiegésico ter; ao menos um elogio para embriagar; abreviações nauseabundas, uma crítica dos que me odeiam, um vômito agraciado dos boêmios ou uma ameça de morte, enfim.


poucos sempre souberam disso, mas sempre chega o dia do desvelo:
há tempos o silêncio é meu amante, e ronda-me, soturno, premiando-me como rainha por escolhê-lo...

domingo, setembro 09, 2007

qui vidin

Pois é, essa coisa de blog caralhog shmog da vida é uma espécie de momento Opus Dei do meu flagelo existencial, - quando dou a cara pra bater pelas minhas pseudo-verdades inventadas. Mas, enfim, gosto às ganha dessa cachaça. Me identifico cada vez mais longe dos humanos, (pelo menos nesses terríveis dias de trabalho de conclusão) estando aqui deste lado, na minha perfeita vida de tela plana de crediário escravo.


A coisa tá ficando mais ou menos como uma bola de neve, e assim como os códigos de barra do sisteminha precisavam fumar os seus crivos nos intervalos da devoradora roda-viva, eu preciso escrever alguma fumaça de delírio em algum canto.


Preciso escrever para respirar, tchê. Tô doente. Chego em casa me mijando, jogando tudo pelo caminho; mas como uma fêmea fiel e inarredável de seu domínio, seguro a onda da túrgida bexiga, e então me ponho a parir idéias no maldito blog, ou em iscrépis por aí à fora, antes mesmo de me aliviar de uréias.
Sim, idéias antes de uréias. É mais ou menos esse o lema.
Talvez tudo isso passe, talvez, não. Viver é isso, é achar uma cachacinha pra ficar feliz com a vida enquanto tudo explode lá fora.



( Hoje eu escrevi com letra maiúscula. Ui! Que vassalinha dos códigos! Chega a dar uma agônia).

segunda-feira, setembro 03, 2007

truques

hoje, ao passar algumas antigas anotações a limpo, percebi que existem muitas histórias esperando na fila para ganhar vida; e eu, arredia com tudo o que se refere à disciplina, acabo sendo injusta com as ordens de chegada, pois ainda não soube criar um fichário de espera que me fizesse levar a sério o paciente aguardo de minhas gestações.

sou uma mulher caoticamente organizada, e sejam quais forem as regras - apriori, já sou odienta delas; mas sei, sei sim, no final, tudo acaba se arranjando e tomando lá alguma ordem.
e eis que já que a dona língua está a bater nos dentes limados, tentada sob a pinicante tentação de afiá-la, confesso, que o grande sustentáculo dessa entropia toda é o fato de ela saber pregar peças, (muito bem ensaiadas por sinal); então, naturalmente, nunca ninguém percebe que vivo em um atoleiro organizacional de grande fachada; e diga-se, de passagem, uma digna pio bella ragazza de fachada; que pintei, aliás, de vermelho, para chamar bastante atenção; assim, as pessoas não olham para retaguarda que está meio bege, apenas para não dizer cheiinha, pingando de tanto mofo...

truques -, essas patifarias necessárias para fazer a vida de vitrine render.
ou... vai dizer que esse texto realmente comunicou o que tu esperava?


mas que descarada bravata estilística!
(blasé chulé, mariana, isso é o que tu é!)