segunda-feira, fevereiro 26, 2007

a veneranda varanda do ó

como entender metáforas?
simples. não entendo-as. apenas sente o verbo ser vento. e então veja o quão bom é ver as melenas serem algas no ar.



aproveita enquanto é tempo. te debruça no penhasco.
vale a pena.
parece uma varanda bacana.

domingo, fevereiro 18, 2007

perto do coração selvagem

ao Rocco Badalamenti, o exímio entendedor de vaginas, gametas, gônadas, a eterna estátua forrada nas internas com saco grosso de hospital, e, que, como eu, sangra esfaqueado, mas esperto no simulacro de CTG da República da Fudéia, usa rolha grossa no talho. ao escorpião que, a torto e à direita, sempre quer colocar o dedo na minha moleira para sentir o molenguinho. mas oras, bolas! quer molenguinho, guapo gaudério? pois compra o queijo Polenguinho! tem lá no Zaffari.

a ti, meu inimigo de amor, meu amigo de ódio, esse texto, um ressaibo de minha ira in air de 2006, a real comprovação a duras penas de meu estado alterado de consciência no cruel tempo de violência citadina, quando tu me mandou naquele novembro negro a ler menos e 'a brincar' mais...




cara, eu leio demais não porque quero ser um cabeção, e, ei, moço, escrever reles frases em caralhogs da vida é apenas solução ativa de não ser passiva ao papai-e-mamãe que a leitura impinge a esse vassalinho hipotálamo de meio níquel.
não escrevo demais. escrevo uns parágrafos de merda, um mal necessário tal qual extintor em quina de escada condômina, Rocco Badalamenti.
e é bom tu ir te acostumando com essa tensão de ridículas verdades, porque elas têm um objetivo real, e a acidez do meu lero fazem parte de um periclitante processo em que me baseio apenas para ser transparente com o meu pensar. e isso te fere. e isso me fere também. acredite ou não. mas é o preço que se paga por não ser mais um ser peidante no planeta.


desconfortáveis são os vôos de que é feita a minha arte - insights, cacos fragmetários impressos no ministério do ar apenas para poder tomar fôlego do estupro constante da ticuda leitura. então, tento esse adestramento contínuo de elasticizar a escrita para que minha alma não pegue no sono. ler te dá sono, não? a real é que as pessoas me dão sono e já não consigo disfarçar o bocejo e é fatal - corro aos pulos para brincar esperta na facilidade blogspot.


derlim, derlim, derlim - a sineta toca perto do coração selvagem e é hora de enxergar o óbvio: a liberdade é melhor forma de sermos mais amigos de nós mesmos! e minha imprudência é meter o pé na lama da autenticidade, como uma velha de 60 anos que não tem nada a perder; aliás, meto até bem mais do que deveria, ficando absurdamente comprometida. e é um fiasco ! tenho muitos desafetos por causa do meu solado barrento, mas ainda assim, prefiro a pureza enlameada de minha verdade, a tensões côncavas de sorriso de meia bochecha para fingir que está tudo bem, enquanto não, definitivamente, não está tudo bem.
sim, eu me purifico mandando à puta que pariu, mesmo assinando em baixo. e depois, de chofre, para arrefecer a consciência little heavy, borrifo colônia com óleos essenciais de farmácia manipulada por tudo e então fica bem beleza.

que desconstruamos os mitos, como naipes escancarados em final de jogo sem reversão: a freira fingida e Rocco tesão do mijo do parque Farroupilha até que o cu fale um belo francês.

eu jogo com as pretas e aviso que não sei perder.
par ou ímpar?