sexta-feira, junho 27, 2008

de repente o outono finda
nem sabia que ele havia chegado

o maior dos mestres das armadilhas

é o continuum dos dias

nas pessoas máquinas

quinta-feira, junho 05, 2008

adeus lirismo!

aqui nada é para ser entendido. apenas para ser sentido, neste instante e nunca movido daqui adiante.
tudo o mais é segredo. senão não tem graça. a mínima graça.



durante algum tempo eu tentei. tentei me iludir. e de alguma forma resistir. contudo, sei eu. toda poesia foi perdida. toda a literatura ficou contida num passado que passou. e agora(?), nesse presente(?) pelo visto, de virtuosismo, somente resta a imagem que está retida. (gostou do rosa na tua retina?) sim, estou completamente perdida. nas idas. nas vindas. nas remotas. apenas entendo de rimas fáceis, fazer supermercado, assistir pelotas, cumprimentar bom dia, boa tarde di modi bonito e iludida bater o cartão-ponto pra ser boa moça que não sou. (quiçá um dia?)
logo eu! logo eu! que destestava falar do eu, do breu, da alegria ou da coisa escura que aconteceu justamente porque era mais fácil?!?
recorro às runas, às rezas, às benzedeiras da Lagoa, mas quem resolve mesmo os meus descompassos é Caio.
Caio Fernando Abreu!
(já imaginou se ele soubésse?)

...

domingo, junho 01, 2008