não há o que fazer! é o preço: o banzo do troço tem santo forte. não dá pra desdenhar.
quinta-feira, dezembro 30, 2010
inevitável chave de cadeia
não há o que fazer! é o preço: o banzo do troço tem santo forte. não dá pra desdenhar.
sexta-feira, dezembro 24, 2010
quarta-feira, dezembro 22, 2010
Burnout do peixe
sábado, dezembro 18, 2010
46 anos depois
sexta-feira, dezembro 10, 2010
domingo, dezembro 05, 2010
o chá, a vida
quarta-feira, novembro 24, 2010
Sakineh Sakaneada
amigos, sinceramente, excetuando os caras legais, com um bom coração e cérebro mais desenvolvido, que eu sei que há! de um modo geral, os homens são muito tacanhos, machistas, tarados, destruitores e doentes. são eles, sim, a chaga da humanidade. e hoje, grávida, tenho sentido mais engulho do que nunca em relação à espécime. não tenho gostado que se aproximem de mim com seus timbres, com seus papos, com seu ser xy. se isso vai passar? provavelmente. mas preciso de um tempo.
Mas com 7 bilhões de pessoas no planeta e do jeito que a violência campeia, acredito que o Estado tem o direito de tirar a vida daqueles que cometem crimes brutais. Isto mediante julgamento, juri, promotores de acusação e advogados de defesa. E que a forma de matar essas pessoas seja a mais rápida e indolor possível. Ponto.
E qual foi o crime brutal imputado a essa mulher?
Trair o marido já morto com um outro sujeito? Não. Depois arranjaram mais outro sujeito. Adiante, imputaram-lhe o assassinato do marido. Ou seja, primeiramente traidora de um cadáver, depois, fazedora desse cadáver. Os filhos a defendem. O advogado foi obrigado a fugir.
E me vem com a lenga-lenga de que há pena de morte em outros países, principalmente no odiento Grande Irmão do Norte.
Céus! O que não faz a paixão ideológica com a faculdade pensante dos que se tomam por racionais! Melhor esses indivíduos, que não veem nada de mau em castigos bíblicos, plantar couve nos cafundós do judas. Poupariam nossos arrepios de indignação.
Querem a barbárie? Mudem-se para essas abençoadas plagas que asfixiam a nós, mulheres. Afinal lá valemos a metade de um homem.
Contudo esses bravíssimos defensores da não ingerência em julgamentos fajutos em terras arcaicas até podem estar certos: afinal, não chegarão a matar um homem inteiro. Apenas a metade.
Acordem, anestesiados da silva: o que se quer é trazer alguns países pro século XXI!!
Sakineh, além da crueza de seu sofrimento, é o paradigma do que muitas nações praticam contra as mulheres, inclusive, aqui mesmo no nosso lindíssimo país tropical.
Uma injeção letal, choque elétrico ou romper uma criatura a pedradas até a morte?
Tenho dúvidas se a nova presidente brasileira priorizaria conveniências geopolíticas ao custo de ratificar ou omitir-se ante a barbárie.
domingo, novembro 21, 2010
mágica!
e assim... nesse mesmo piscar, de repente, aparece! do nada, que nem fumaça quando há fogo.
ai, humanidade, livra-me, livra-me dessa tua mágica.
segunda-feira, novembro 15, 2010
morando no vazio
e essa sensação de ficar juntando coisas, (por mais que a palavra livro jamais seja uma "coisa" sob a minha percepção - permisso - agora o é) me deixa louca de dó. dó! de preencher essas prateleiras tão lisinhas das lixações com esmero e ora cheias de perspectiva para os olhos percorrem sem se deter. dá pena. eu gosto de vê-las assim, vazias; é tão bom a casa ampla, sem muita coisa, minimalista.
e, depois de tudo arrumado, perfeitamente organizado, livro por livro, ah, não fica bonito pela inércia em si. vem o pó, mais livros, mais vida fúngica, mais espaço para arranjar entre eles... e, claro, mais coisa pra limpar e escravizar as barbas. até quando essa submissão e acúmulo, hein?
ver, sentir a casa mais abarrotada me compunge de agonia que toma nervos. well, por ora, não há outra saída. o materialismo do meu ser exige de mim. então, enquanto o espírito de Thelma & Louise não baixa neste corpo, deixo-lhes o registro do tempo em que o projeto "morando no vazio" durou. durou e teve a intenção de ser, pelo menos, alguns dias. e, embora já esteja tudo pronto, resisto. acreditem. protelo a arrumação; ativamente penalizada de prosseguir contra o meu sonho, contra a verdadeira vontade de me desfazer de tudo sem olhar pra trás.
ah, se não fosse... esse meu jeito terráqueo de ter.
segunda-feira, novembro 08, 2010
essa onda pega
terça-feira, novembro 02, 2010
sexta-feira, outubro 29, 2010
Serafim Jr.
quarta-feira, outubro 27, 2010
domingo
"não entendo muito bem o fenômeno. Penso em falta de valores maiores na vida das pessoas como causador."
posto que respondi, de imediato, pra doidila da minha vida:
"é verdade, tudo isso aqui é o mais alto grau da falta de "valores"; todavia e igualmente, na mesmo mais alto grau de...
amores!"
então, só pra variar, ela puxou sua rebeldia atávica da manga; afinal, nunca quer entender o que verdadeiramente não lhe interessa:
"Sou mais o Cazuza: ..."ideologiaaaaa. preciso de uma pra viver..."
Torcedores fanáticos, provavelmente são os que não costumam pôr a cabeça pra fora do buraco, sacô, bicho?"
domingo, outubro 24, 2010
Amanduca e o novo condão
quinta-feira, outubro 21, 2010
sou mandriona, eu confesso
sexta-feira, outubro 15, 2010
diz "tchau" pra eles, Nina!
quinta-feira, outubro 14, 2010
parem, agora!
há uns dias, li uma frase, num muro lá da UFRGS: "se votar mudasse alguma coisa, seria proibido." Então, preclaros, neste momento, bocejo e volto com meus olhos de peixe-morto ao meu tricozinho com a excelsa linha Vera-verão, da Pingouim, pra minha filhota. Agora, por favor, amigos, parem! sou apartidária. cansei.
sério, por favor, parem com esses e-mails que mais fazem eu perder meu escasso tempo abarrotando a minha caixa de mensagens, dizendo que a 'Dilma é dilmais!', porque isso, sinceramente, além de ser uma rima essencialmente pobre, não sensibliza o meu hipotálamo e definitivamente não, não mudará a minha opinião.
ah, oras, se ao menos mandassem Homens nus...
afffff.
sexta-feira, outubro 08, 2010
sábado, outubro 02, 2010
sábado, setembro 25, 2010
Marina! a Nina da Mari
HORMÔNIOS . PROGESTERONA. QUE DONA.
Só para vocês terem uma idéia da ferveção hormonal inacreditável... hoje, às seis horas da manhã, acordo sentindo um cheiro forte de cigarro. Pensei que era daquela velha chata da minha vizinha, mas achei estranho, porque ela dorme até o meio-dia. Então, ciosa de algum vestígio mais claro, sacudo o Fábio e pergunto: “-quem tá fumando? Quem tá fumando?” Bem, como homens não acordam fácil se tu não está com uma calcinha bem entalada (isso é casamento, baby, Yes.), desisti. Levantei segurando a barriga e fui para o corredor do prédio, de meia e tudo e fungando, pois o edifício incendiou há dois anos e o trauma fica, ah se fica. Fui descendo as escadas, fungando, fungando, feito um cão perdigueiro enfiando a fuça no friso das portas alheias e nada. Por ali, a atmosfera estava amena.
Voltei me puxando pelo corrimão, feito uma anta que vasculha o território em busca de algo; todavia, o cheiro continuava. Resolvi escancarar a sacada e o quê vejo para o meu deleite depois de perder a viagem que definiria a minha semana? Hãm?
Uma névoa esbranquiçada adentrando diretamente a minha casa, vinda de um monte de lixo com papéis, plásticos, folhas feito por um homem grisalho que sempre varre as ruas, talvez por pura tara de mover os braços que não abraçam mais nada nessa vida. Uma fumaceira, uma fumaceira que não dava pra tolerar; então eu enchi os pulmões e soltei um grito com toda a reverberação de fêmea lôca por proteger a cria:
“ – me diz uma coisa, hein meu senhor! Por acaso tu tem MERDA nessa cabeça? Só pode. É merda, é titica, ou é o quê que tem aí? Sabia que eu to esperando um filho? Tu tá querendo matar a minha filha? Hein? Tá querendo? Então espera aí."
A passos largos fui na área de serviço, peguei um baldão, abri a torneira na vazão máxima fazendo um chafariz na minha roupa e pelo chão todo, movida por uma fúria incandescente e. em ato-reflexo, desci de meia e tudo lá embaixo. Fui arrastando aquele balde pelo corredor, com dificuldade, tava pesado, e aquilo ainda fazia uma ondona quase saindo pra fora – pra lá e pra cá pelas bordas, ah santo desequilíbrio de trapezista aposentada. Atravessei a rua, cega, fui chegando bem perto, nem olhando pra ele. Quando cheguei na borda da fogueira, de súbito - TCHÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁÁA!
Pronto. joguei o balde com água na sua fogueira matinal. E voltei. Voltei calma, voltei Mariana da Nina. E fui dormir tranqüila e serena.
quarta-feira, setembro 01, 2010
sábado, agosto 28, 2010
que preguiça!
terça-feira, agosto 10, 2010
I´ve got some news from iceland
quarta-feira, agosto 04, 2010
terça-feira, julho 20, 2010
o queixo caído que ainda não voltou pro lugar
Ah, mas essa dita intempestiva dele simplesmente só não desceu, como entalou. Entalou e ainda, pra completar a sua finesse invejável de lord inglês, me deixou de queixo caído e completamente sem chão; astronauta perdida para finalizar a minha parla e fincar a minha bandeira. E essa minha afetação só ocorreu porque eu o considerava uma pessoa chegada, legal, com quem, de certa forma me identificava durante há algum tempo e com quem, inclusive, muito me correspondi trocando idéias, influências em outros idos, e, portanto, jamais esperaria ouvir algo desse gênero, principalmente durante a minha apresentação final, e mais: sabendo ele da minha condição judaica.
Hoje, passadas já algumas semanas do ocorrido, quando lembro da situação, da pessoa dele, enchendo aquela boca pra falar a sua verdade tão ímpar, gesticulando as mãos em ondas explicativas, típicas do professor sabe-tudo - óh, tão interessante nas suas ponderações de sapiência justa, pesquisada e bem lida - o residual do meu sentimento é simplesmente um nojo. Um mar de nojo mais puro da cara, que só de lembrar - sobe uma onda de vômito. Não um qualquer. Um vômito pastoso, como se fosse só de miolo de pão, sem que nenhum líquido houvesse sido juntamente ingerido e que entala e sufoca justamente por não verter da epiglote. Fica ali a pasta grudenta. Colada. Tira até o ar. Ou seja, FAZ MAL MESMO E CHEGA A MATAR UM POUCO.
sexta-feira, julho 16, 2010
se eles pudéssem...
sexta-feira, julho 09, 2010
minha cegonha sem-vergonha!
Doutrinação mental da maestra nisemblat da goela pra não vomitar constantemente. Porque haja vontade mais perturbadora! E sim! os desejos não são meros caprichos míticos como eu pensava ser para chamar a atenção – eles são reais! Emerge uma vontade de sentir os sabores inusuais – aqueles que sempre passaram batidos, bem longe do palato, e A Hora da delícia é comer o que nunca foi dado bola.
Receber um carinho na barriga, ah, verdadeiro cafuné triplicado de sensação máxima - e isso me faz lembrar direitinho, sempre que alguém me dizia estar grávida, eu ficava com vontade de passar a mão na barriga da mãe pra sentir aquele ventre redondo, duro, desafiador! encaixar na palma da mão (como pode né? mãe sempre rima com mão?!), mas ficava com vergonha. Portanto, hoje, compartilho algo simples; todavia, de grande descoberta pros que não sabem ainda: não tenham medo de fazer carinho na barriga de uma grávida. É muito, muito reconfortante, a mumy sente-se menos repelida e com sensação de bem-querer! Ah, sobre o sexo? Bah, é. Aquilo é tudo verdade...
segunda-feira, junho 28, 2010
pedido urgente
quarta-feira, junho 23, 2010
culpado Minuano
enfim, faço então no meu íntimo, simpatias, os rogos sinceros para que o sol - essa grandeza de tão inominável divindade - gire. gire mais depressa, os revoluteios celestes tomem redbull locos de faceiros e a massa polar se vá, de uma vez, de ré! ao Andes e ao seu fiel escudeiro - Pacífico devorador de almas bravias.
sigamos, corage mi compañieros.
terça-feira, junho 22, 2010
salmorinha
quinta-feira, junho 17, 2010
ritmos de la ciudad
eu? eu finalmente pertencia. fazia parte dos poleiros alinhados, morava em um deles - em geral, duros, inquebrantáveis muralhas de silêncio quebrado apenas pelas vozes metalizadas dos interfones que emitiam som um de fúria desconfiada atrás das portas de ferros.
sábado, junho 12, 2010
o segredo
tão belas, fulminam
que medo, que sina!
entonces nem ouso
mirar lá muito não
porém basta um adulo
elas se aconchegam redondas
como as dos gatos felizes espreitando no escuro
mas ô vixe! tem horas que não tem explicação
intrigam, estranham!
os iriologistas de escol até lá do velho mundo
e mais! ainda mais!
imanta os muitos passantes na rua
querem todos saber o segredo
por que lutam tuas pálpebras
nesse tremido de bolita cai-não-cai
mergulha a íris, e de baixo já volta de bóia
afinal, que bóia bácea é essa?
um "hei de subir" de caixa d'água?
os cílios, um eterno adeus que não se decide
vão, vem. delongam-se dançantes
haja resistor! nunca, nunca descansam
uai! o que é isso?
seria uma gravidade de lua?
ou de Terra alfinetando no empurro?
seria tristeza? o fardo nosso de cada dia?
ou tua sedução mais incontida?
pode ser, pode ser.
contudo, de uma coisa eu tenho certeza
são teus olhos, Amanda
uns olhos-de-sono.
segunda-feira, junho 07, 2010
homenagem ao blá-blá-blá
cansei das pessoas, de todas. e sem nenhuma exceção.
dos seus discursos colados, de suas mascaritas de queridos enquanto precisam, de suas balelas repetitivas, desse gênero amigos-coisíssima-nenhuma do blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá.
blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá.
blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá.
blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá-blá.
então, utilizo esse espaço e oportuno ensejo para fazer-lhes uma singela homenagem bem bonita, from the deep of my heart:
FODAM-SE, MEUS CAMARADAS COITADINHOS.
FODAM-SE, porque agora essa máscara aí está sem cola e definitivamente grude não me agrada.
p.s.: se, por ventura, ocorresse um 'blecaute' no mundo, essa palavra eu trocaria por benção.
quinta-feira, maio 27, 2010
a rocha
1. Você pode (quase) tudo. Quando faltar inspiração, escreva uma lista de dez motivos para fazer alguma coisa. No final, acabará se divertindo.
2. É bom ter audiência, mesmo sem fazer idéia de quem são os leitores. Você apenas precisa aprender a lidar com essa relação meio íntima com leitores tão anônimos.
3. Com o tempo você percebe que sobrevive sem comentários. Segundo as estatísticas, apenas 1% dos leitores deixa um. Então pare de implorar pelos comentários dos amigos.
4. Blogar ajuda a organizar as idéias, exercitar a escrita e você ainda corre o risco de escrever algo realmente bom.
5. Amigos distantes, ou distanciados, se sentem próximos ao ler o seu blog. Você não precisa de orkut para se relacionar, e só se expõe se, e o quanto, quiser.
6. Você está deixando um registro histórico, da sua vida ou da sua época, embora isso pareça uma grande pretensão agora.
7. O fato de blog não dar dinheiro não é motivo para parar. Pense bem: você realmente não começou porque havia essa possibilidade.
8. Provavelmente você terá mais leitores do que se publicar um livro.
9. Você pode terminar uma lista de dez com nove itens e nenhum editor vai chamar a sua atenção.
Marta Barcellos, no
terça-feira, maio 18, 2010
cara ignara
domingo, maio 09, 2010
mão na mão, pé no chão
um afago nos cabelos
o balanço do berço sob a lua
o preparo do lanche na lancheira
o cosimento míope da roupa rasgada
a ingestão amarga do meu esquecimento
uma palmada vermelha que estala no remorso calado
no telefone, a discada com gastura até obter a resposta que não vem
a espera insone até que os passos sejam ouvidos de novo
a mão que sempre segurou a outra para que este corpo não quedasse.
agora percebo - cheguei até aqui por ela e descobri uma coisa:
mão, é na tua que está o teu coração.