sábado, junho 12, 2010

o segredo

Para a Amanduca, a mana guerreira do alvorecer forçado. então, força. força! antes que por sua falta venha a nossa forca.




as castanhas vítreas

tão belas, fulminam

que medo, que sina!

entonces nem ouso

mirar lá muito não

porém basta um adulo

elas se aconchegam redondas

como as dos gatos felizes espreitando no escuro

mas ô vixe! tem horas que não tem explicação

intrigam, estranham!

os iriologistas de escol até lá do velho mundo

e mais! ainda mais!

imanta os muitos passantes na rua

querem todos saber o segredo

por que lutam tuas pálpebras

nesse tremido de bolita cai-não-cai

mergulha a íris, e de baixo já volta de bóia

afinal, que bóia bácea é essa?

um "hei de subir" de caixa d'água?

os cílios, um eterno adeus que não se decide

vão, vem. delongam-se dançantes

haja resistor! nunca, nunca descansam

uai! o que é isso?

seria uma gravidade de lua?

ou de Terra alfinetando no empurro?

seria tristeza? o fardo nosso de cada dia?

ou tua sedução mais incontida?


pode ser, pode ser.

contudo, de uma coisa eu tenho certeza

são teus olhos, Amanda

uns olhos-de-sono.