sexta-feira, julho 09, 2010

minha cegonha sem-vergonha!


Estou feliz com todas as felicitações e mimos que surgem de todos os cantos; a última vez em que senti algo parecido foi na formatura; porém, confesso a todos - a ficha não caiu; acho que só cairá no momento de um soc-pow sentido dentro de mim. Nesses últimos dias, encontro-me redondamente mais gorda, sem silueta, a carita diferente - alargada - com maçãs mais proeminentes e o sorrir mais relaxado. Sim, sinto-me feia ao ver minhas fotos, mas desapego, já fiz diversas vezes esse exercício, e, justamente por isso lhes digo - transcender é divino.

O cabelo de leoa balzaka quase e meia está pedindo um corte, aliás, seriam mais poéticas as melenas com uma leveza short cut; as calças, mais do que nunca, pedem cordões ao invés de botões ou zíper; os sapatos, a diminuição urgente dos saltos; os passos, antes ousados no prevalecimento da certeza, agora deixam de o ser. Lentos, tão lentos e calmos - quem diria! esse dia existiria! cortaram relação - deram um tempo, espero que não irrevogável, com a aceleração. A competitividade pelo espaço na calçada, agora, mansa, permite aos outros suas micro-vitórias. Só agora eu sei - as grávidas sabem perder ganhando. Ai que sono. Muuuito sono. Portanto, não falem muito – monólogos alheios, adeus por ora. Fastio por fastio, então não dê um piu.


Doutrinação mental da maestra nisemblat da goela pra não vomitar constantemente. Porque haja vontade mais perturbadora! E sim! os desejos não são meros caprichos míticos como eu pensava ser para chamar a atenção – eles são reais! Emerge uma vontade de sentir os sabores inusuais – aqueles que sempre passaram batidos, bem longe do palato, e A Hora da delícia é comer o que nunca foi dado bola.

Receber um carinho na barriga, ah, verdadeiro cafuné triplicado de sensação máxima - e isso me faz lembrar direitinho, sempre que alguém me dizia estar grávida, eu ficava com vontade de passar a mão na barriga da mãe pra sentir aquele ventre redondo, duro, desafiador! encaixar na palma da mão (como pode né? mãe sempre rima com mão?!), mas ficava com vergonha. Portanto, hoje, compartilho algo simples; todavia, de grande descoberta pros que não sabem ainda: não tenham medo de fazer carinho na barriga de uma grávida. É muito, muito reconfortante, a mumy sente-se menos repelida e com sensação de bem-querer! Ah, sobre o sexo? Bah, é. Aquilo é tudo verdade...