quarta-feira, dezembro 26, 2007
sexta-feira, dezembro 21, 2007
matáfora
"é a partir de pequenos detalhes que se revela o todo."
a vida é correria, não há tempo. existem prioridades. não há tempo. o telefone não pára e, acima de tudo e das torres arranha-céus, dos anjos, de Deus, há os interesses. ah sim, os interesses, esses governadores-gerais da emoção.
não há tempo. e se acaso o faz que eu conheci quem me chama lá do outro lado, não importa. não há tempo. fecha-se a porta. não há tempo para respostas. apenas para propostas.
"detalhes, detalhes tão pequenos de nós dois..."
canta Roberto. canta pra mim.
quarta-feira, dezembro 12, 2007
bué da mãe bucicleide
segunda-feira, dezembro 10, 2007
pra ter sonho bom
terça-feira, novembro 27, 2007
get off of the case!
há certas histórias que, por mais toscas que possam ter sido, têm um mérito: são inesquecíveis.
então, eternizo isso,- um pedaço escrito de nossa vivência nos derradeiros momentos em que nos despedimos do script estudantil.
nos dias beges dias que se arrastam cinco minutos antes da apresentação final do semestre, eis que um questionamento oscilante vai surgindo entre hesitações, entraves, e talvez (vá lá saber!) merecedor de alguma glória.
- tu apresenta a primeira parte.
- tá, a primeira parte.
- não, faz assim: apresenta a final.
- ok, a final.
- não, não, apresenta a primeira parte.
- tá bom, a primeira parte.
- não, pensando melhor, apresenta a final.
- tudo bem, arremato o mote. tem certeza?
- sim! mas nã... não. esquece. apresenta a parte do início.
- pô, mas afinal, tem que decidir! a primeira ou a última parte?!!!!!!!...
e então começa a apresentação.
quarta-feira, novembro 21, 2007
segunda-feira, novembro 12, 2007
sexta-feira, novembro 02, 2007
suco do arrepio
terça-feira, outubro 30, 2007
domingo, outubro 28, 2007
da ausência
segunda-feira, outubro 22, 2007
ministério da acidez
terça-feira, outubro 16, 2007
segunda-feira, outubro 08, 2007
...o tempo vai passando e não sei por que cargas d´água eu insisto em continuar a ser essa finjidora, dramática vaselina de arranque verbal maquiado; e isso, tenho que admitir,- tudo apenas para fazer gênero na vã pretensão de ter alguma reba de personalidade que o valha; mas no fundo, pouco importa-me o pão e circo.
ah, claro, e o ópio?
prefiro na narguila fumegante com rosas, em cima do meu carpete.
a verborragia do post abaixo, mesmo que não pareça, é uma despretenciosa brincadeira, tentando alfinetar mais o eu, do que o tu, Daiane, propriamente; e enfim, tentar alguma coisa diferente; fazer (acho eu) nascer um ser que não é, que simplesmente nunca existiu ou, ora, ainda por quase pouco, não conseguiu existir. mas agora! xiiii já existe! a poeira foi levantada [foi bom pra caralho, (me dá um cigarro)]; e depois que as palavras vão ao ar, bau-bau, já era beibe, nada volta a ser como antes no quartel de Abrantes.
eu, por exemplo, descobri uma pobre coitada residindo dentro de mim; tri emocionada ela,- inflamada empregadinha escorpionina, tipo aqueles cachorros pequenos que latem quando o grandão tá na guia do dono, saca. ó, tadinha, cerra o punho quando o assunto é macacada. mas uma macacada com orgulho de suas jaulas, bananas, retinta negada forte, suada, bacana e rebolante às ganha até o chão. ui! uma pusta brasilidade cor de cobre!
Ai, aquelas influências irreversíveis (chá de cogu sem volta) de Fernando Pessoa, Alberto de Campos e Caeiro, sabe. O cara não deixava uma reles vírgula de vestígio de ser ele o cunhador de derrames da alma, palpitações por pasto verde, lágrimas ao vento por pétala caída na bosta... enfim, transmutação total do ser.
Acho bárbaro esses travestismos desnecessários. e justamente essas unnecessary things é que me dão um prazer absolutamente Necessário pra continuar tocando o barco da vida e motivando-me, cada vez mais, para viver o mundinho, o mundinho aquele, longe da selva, mas perto, bem perto dos sonhos, essas bençãos tão leves... quiçá tão hard... e divertidas, porque mexem com a emoção, pois, ao mesmo tempo que catárticas, purificam ao gerar um redomoinhozinho ora angelical e que finda num inferno muito do bom e delirante, que consegue rachar a alma ao meio de tanta satisfação por uma coisinha tão grão, tão zinha, besteirinha inha.
é, o meu mundo é dos átomos mesmo. estão ali, pequeninas e contidas, todas as energias circulando, caladas em suas invisibilidades micro, mas lá lá, chegando lá-lá-lá, estão bem lindas, fitness com bunda de saúva em calça de vinil brilhosa, absolutamente avassaladoras em suas pulsões mortais...
quarta-feira, setembro 26, 2007
O mundo é uma ponchada de terra Vermelha em volta do olímpico

sexta-feira, setembro 21, 2007
explicação A sides
tia, por que não posso comentar?
tudo depende.
depende do coooosmos.
dos moooscos.
e dos moços
dos moços bonitos que caminham e olham quando há que, ou
se há que.
e, se assim o for, deixo livre o comentar.
piu. piu. piu. piu. piu. piu e viva a prima Pio Bella vera!
segunda-feira, setembro 17, 2007
explicação B sides

por que não deixo a opção de comentar?
domingo, setembro 09, 2007
qui vidin
( Hoje eu escrevi com letra maiúscula. Ui! Que vassalinha dos códigos! Chega a dar uma agônia).
segunda-feira, setembro 03, 2007
truques
truques -, essas patifarias necessárias para fazer a vida de vitrine render.
terça-feira, agosto 28, 2007
cascas não visíveis
quinta-feira, agosto 23, 2007
água parada

o mundo das palavras precisa de ti, mariana.
quarta-feira, agosto 15, 2007
por aí...
não vou-lhes mentir, leitores, eu sempre me emociono ao escrever, e, tal fato acontece, porque no plano da embriagante escrivinhação, posso trazer o agora, o ontem, o nunca, fazendo vocês, parte do movimento universal dos tantos olhos curiosos que vêem entre tantos vai-véns de vens curiosos por desvendar o meu aqui, seja ele as coisas bonitas, feias, dolorosas, triviais e idiotas desse pedacinho micro do meu mundo, da minha vida na Terra que chora.
bueno, chega de desabafos, vamos dar uma volta? que tal?
sair por aí e invadir outras fronteiras além blogspot?
pois que hoje resolvi escrever em um outro lugar; então, clica em cima da imagem e vamos viajar juntos até lá.
terça-feira, agosto 07, 2007
marcador
Os presidiários, um celular para fugir do celar. O Pão duro, uma conta do além para reclamar. Popuzudas, novos shorts para atolar. Ninfomaníacos, novas esquinas para trepar.
Chefs e gourmês nem precisa dizer. O OMO, um novo lançamento.
Narizes que respiram com o cérebro escolhem a música. E cérebros que respiram com o nariz escolhem óculos escuros da hora pra fazer chamariz. Tudo, mesmo que por um triz, uma fase. Mesmo que dure uma vida. A vida é uma fase. Até porque, daqui a pouco, nossos pés precisam ceder lugar a outros que vêm.
Então está tudo assim. Tudo bem demarcado. Etapa por etapa. Cada qual, bem feliz, à sua maneira, vivendo a singularidade das suas pretensões plurais.
A começar por mim...
quinta-feira, agosto 02, 2007
bêjo
segunda-feira, julho 30, 2007
domingo, julho 22, 2007
antes de ser depois
a perda. a perda de que falo é a privação da presença, do calor outrora tão bom. e em meio ao malogro de estar viva, entre o vagido do amargo soluço e a busca de um bálsamo curador, surge, lá de dentro do dentro, algo em mim. uma imagem. a salvadora imagem de um botão. um simples botão que apareceu para me salvar da dor de ter os pés no mundo. basta apertá-lo.
após a pressão do dedo sobre a saliência da peça, a vidaaaaaaaaaaaaa voltaaaaaaaa. as coisas todas que estão lá na frente vão voltando para trás. e o insólito nunca foi tão bem-vindo em minha vida. bendita seja a campanhia do botão. o antes, tudo aquilo que já foi, reestabelece-se ao seu toque. e assim como uma planta com raiz pendente é colocada à terra, o pedaço arrancado de mim é colocado de volta ao seu lugar. na lentidão das mãos desabituadas a enterrar, areia sobre areia, o buraco aberto vai sendo tapado. um alívio percorre o corpo. começo a sentir as coisas acomodaram-se, e de volta, tudo aqui, intocável de novo.
olho em derredor e vejo o pó flanando das superfícies à luz, os livros de muito tempo na cabeceira, agora na prateleira, as pombas de outrora, envenenadas pelo louco, arrulhando na minha rua, avisto pela janela pássaros voando de ré entre as nuvens, os algodões da Paineira, no chão da Protásio Alves, voando rumo ao cume das copas, e sons lá de longe - vozes alegres entremeadas aos chamamentos carinhosos e aos grunhidos felinos de quando ela vinha saltando no ar e fazendo os seus barulhinhos. tudo isso está novamente perto de mim. que alívio reconfortante traz essa campanhia mágica. ameniza-se a dor. e viver depois de seu toque é sair por aí sem olhar o relógio irrevocável do tempo.

ela não está. ao mesmo tempo está, ali, me olhando, porém não consegue mais expressar o esplendor daqueles dias de brincadeira. o corpinho está sem calor, e minha tristeza verte em mar sem-fim ao ver os olhinhos em meio palmo me olhando e, por debilidade, mexe apenas uma orelhinha como reconhecimento do meu rosto.
quarta-feira, julho 18, 2007
inoculado oco

quarta-feira, julho 11, 2007
o bonecro verde de Daisson
Pamela Dienifer Tiélen apaixonou-se por Daisson Michel, em uma pensão de Cidreira. trocaram juras de amor, telefones e endereços eletrônicos. entretanto, dizem, algumas neutras línguas, que nesse dia, justamente nesse dia, em que se falavam pela primeira vez após as férias do carnaval, Dienifer estava pra lá de Bagdá, Síria, Egito de Iemenstruada.
- oi?
- ...
- oiiiiii, tudo bem contigo, Daisson Michel?
- ...
- pô, faz um tempão que a gente não se fala.
- ...
- fala!
- ...
- saudade, sabia?
- ...
- diz alguma coisa!
- ...
- ...
- não te faz!
- ...
- eu tenho que sair daqui a pouco. não perde o meu tempo.
- ...
- ...
-...
- beibe, presta atenção, eu não fico louca por ti quando tu entra nesse silêncio de respostas do teu fraseado automático. sacratíssimo, úúúúúú, eu não fico nada, nadica, nenhum pouco delirante para ouvir a tua pseudo-rouquidão bem sussurrada quando tu apresenta essa contracenação babaca, aqui, na garganta de tempo do msn. caramba, ô merdentíssimo, eu fico triste, pra ser sincera, até frustrada, por querer saber de ti, da tua vida, e não conseguir sequer saber uma vírgula, uma triste vírgula ou travessão de um pedaço de feijão. bem se vê que o tempo é bem padrasto contigo. provavelmente, caiu numa foça, tá mal por uma outra rainha das neves....
olha pra cá! não estou jogando, como tu, cacete poluto, aqui não é jogo de dama, xadrez, ai, odeio bingo! ou o baralho a quatro. o que
tenho, consideração, amizade, paixão e um quase formigamento odiento de ti. mas tudo bem, fazer o quê?
- a ti, tudo de bom, sempre.
- cara! eu tava no banheiro. foi fulminante.
quarta-feira, julho 04, 2007
gremista vermelha
o fato é que diabos! essa diaboloua me inspira!
domingo, julho 01, 2007
tuvêtevendo?
terça-feira, junho 26, 2007
tubarão auto-ajuda
quarta-feira, junho 20, 2007
vidaestampavida
quinta-feira, junho 14, 2007
eu cato
segunda-feira, junho 11, 2007
téc
- Téc o quê?
- Ah, tecnofilia.
Pois é, o ser humano às vezes busca a ilusão balsâmica de que só os resistors, modems e válvulas podem dar - a proximidade física ao não estarmos tão próximos assim. E então, tudo fica mais fácil quando as palavras podem voar desnudas e sem medo de encontrar barreiras de caretice.
A internet faz milhões de indivíduos realizados, endoidados, babados e surtados, pois o signo representativo do eu transita livre, aqui e ali, sem precisar de warm presenças para se bastar em si.
Olha um exemplo: eu cá, no quentinho, protegida da chuva, viciada na net e me fingindo que manjo alguma coisa desse papo de dominação da téc . (é, nóis sofre, mais nóis goza).
domingo, junho 03, 2007
formão na mão, eis a religião
Sabe aquelas coisas às quais a gente se apega e que por si só já vale grande parte da motivação da existência?
Pois que minha grande e devotada paixão religiosa é dar vida ao que a metafísica me permite. Parir pensamentos por vacábulos é minha missão. Sou uma convicta parteira de verbos, e, tamanha bruteza é minha lide - não uso fórceps, pois o formão é o ferramental para esculpir ao que eu bem quiser no final. Mas que pusta arma eu tenho em mãos! Formão metafísico do eu é mais que Galil, UZI, HK 44 e M-16 ratateando por ódio ideológico em território inimigo.
Palavras e suas larvas, louvores...
terça-feira, maio 29, 2007
amar de odiar
segunda-feira, maio 28, 2007
el mundo regresa al interior de un saco
para usted, gran ladrón de quatro esquinas, Hugo Chávez.
sexta-feira, maio 25, 2007
sábado, maio 19, 2007
o palheiro do velho
- pai, o que é isso o que tu tá fumando?
- é palheiro.
- tem certeza, pai?
- ãããham.
- então por que tem o mesmo cheiro do cigarrinho dos guris lá da esquina?
- e qual o problema de ter o mesmo cheiro?
- ah, eles me falaram outro nome.
- o que aqueles mandriões te falaram, filha?
- ah, falaram um outro nome bem diferente. disseram que era Santa Maria.
- é? mas esse aqui não. esse é o palheiro.
- cara! deixa de ser omisso! fala logo a verdade para a tua filha!
- tá bom, gorda, tá bom. minha filha, isso aqui não é palheiro. é baseado.
- mas baseado no quê, pai?
quinta-feira, maio 17, 2007
dentes de aço para pão de pedra
senso?
prefiro um incenso.
bem longe de mim.
desde pequena gosto de descarregos e têm dias que dizer verdades ácidas me alimenta deixando-me pulsantemente viva. e sempre haverá uma vítima e pouco me importa a sua inocência. é simplesmente uma escolha - tal qual os nazis em seus apontamentos de dedos deletérios. apontou tá escolhido. e então começa o despejo das pequenas loucuras acumuladas dentro dessa grande boca intoxicada.
...
vamos lá! vamos lá! muita atenção!respeitável público! a Companhia do Engenho Maquiavélico orgulhosamente apresenta:
O Bicho-Homem Circunstancial: sim, vale menos que um varal - grana, músculo, status quo, como bostedo de brilho em cabedal.
palavras gratuitas, verbos sorteados, tudo-tudo apenas só por ser nessa vida...
então com vocês e para vocês:
dentes de aço para pão de pedra!
e para esquecer as visões da bicharada infame... beba um alcoolzinho econômico, assista a uma imbecilidade coletiva, alguns rebuceteios na tela e, se ainda assim, não for suficiente para desopilar essa massa do faz que pensa, saia por aí, distribua meio-sorrisos vitrínicos achando que um abrir de dentes colgate talvez exista em você.
tchá-tchá-tchá-tchá!
será?
e viva a brancura dos dentes! ora pois! mas claro! é a alvura desse santo osso, o único Algo fiel embaixo da terra, quando já não tiveres mais nada além de caveira e queratina em volta do teu pós carbono.
dentes de aço para pão de pedra - engula tudinho se for capaz.