domingo, dezembro 31, 2006

5767

meu ano é outro, meu dia não acaba, a língua é dialeto, meu país tá lá sei onde, o queijo é berinjela, meu pão é uma paçoca, e o pião um palhaço. o glamour tá na cara lavada e escrever é o parlar... assim vou vivendo, e assim crio um mundo.
não mais pertenço a essa realidade. graças. graças. relógio? queira me explicar o que seria? agora me achei sem as convenções metrificadas do ponteiro - vivo em útero, apartada da vida, escondida do frio, da brasa, em um lugar onde as horas passam apenas se eu quiser.
eu sou deus e ordeno: pára tudo.