sexta-feira, novembro 24, 2006

decide o título

querer reproduzir as belas letras é tão ruim quanto querer ser coerente. então assumo minha fraqueza literária, assim como assumo o bostedo bem cagado pelas minhas tripas de classe média ideológica.
reparou? estou a digerir dores para transformar em palavras e, aleluia, irmãos! glória magister patris! aprendo a gostar dessa demora ruminante tal qual um espartano de se refocilar na guerra.

não, não sou e nunca serei um reles pó da história que se acobarda perante as espetadas da verdade. ao contrário - torno-me mais forte ao descobrir que minha razão de viver é desnuda de escudo de terceira pessoa. e assim vou seguindo, vou pagando o preço de envergar estampa ácida. como? talvez um dia eu conte. mas ainda não sei se merecem.

minhas balas têm ferrugem, porque ser cortante não basta, e aliás, pouco me importa ser um exemplo promissor ou maldito, apenas sei ser mulher do meu tempo, o pretérito que se cumpre, por bem ou por mal desta raça. e se esse jeito é errado, eu já não sei de mais nada, apenas deixo à posteridade considerar. enquanto isso, eu sigo os sinais pelo caminho da purificação.

o verbo primeiro é eu cago, e mesmo assim aqui tem jogo limpíssimo, porque a vida cobra tudo. e eu posso esse tudo e assumo sem preâmbulos - não tenho uma teta de piedade de gente mascarada. e.. e, e, e ... iiiiiii sei bem o preço dos meus sonhos e conquisto sem hesitar mesmo se for a tiros. e caso, por piedade, decidas me dar um crédito, palavra - eu te restituo a juros, beibe. tudo isso e tudo o que tu nem viu ainda, porque eu não medro um cisco de morrer.

é, não chega perto. a hidrelétrica tem louca descarga.