domingo, outubro 29, 2006

lembra

naquele tempo ela padeceu mais, padeceu longinquamente, bebendo até as fezes no cálice das amarguras humanas e quase não recuperou o esteio da vida...


e, se acaso o asco voltar, lembra que matar, minha filha, é equilibrar as necessidades universais. quando for a hora, não exita e, antes de puxar o gatilho, faça-o como se fosse uma justificada canção inconformada do eu pelas tuas mãos.
e ao cantar o silenciar do outro, revela um sorriso inexato domado por esse coração que não se mostra, mas que existe e bate aí dentro dessa coisa de aço.
herrar é umano e, enfim, vença ou malogre. só não esqueça: a morte é séria e não admite ironias.