quarta-feira, julho 11, 2007

o bonecro verde de Daisson


Pamela Dienifer Tiélen apaixonou-se por Daisson Michel, em uma pensão de Cidreira. trocaram juras de amor, telefones e endereços eletrônicos. entretanto, dizem, algumas neutras línguas, que nesse dia, justamente nesse dia, em que se falavam pela primeira vez após as férias do carnaval, Dienifer estava pra lá de Bagdá, Síria, Egito de Iemenstruada.





- oi?
- ...
- oiiiiii, tudo bem contigo, Daisson Michel?
- ...
- pô, faz um tempão que a gente não se fala.
- ...
- fala!
- ...
- saudade, sabia?
- ...
- diz alguma coisa!
- ...
- ...
- não te faz!
- ...
- eu tenho que sair daqui a pouco. não perde o meu tempo.
- ...
- ...
- ...
- ei! pshshshst!
-...
-...
-Pamela Dienifer Tielen acabou de chamar a sua atenção!
- ...
Você não pode utilizar esse recurso mais de uma vez seguida.
-...

- beibe, presta atenção, eu não fico louca por ti quando tu entra nesse silêncio de respostas do teu fraseado automático. sacratíssimo, úúúúúú, eu não fico nada, nadica, nenhum pouco delirante para ouvir a tua pseudo-rouquidão bem sussurrada quando tu apresenta essa contracenação babaca, aqui, na garganta de tempo do msn. caramba, ô merdentíssimo, eu fico triste, pra ser sincera, até frustrada, por querer saber de ti, da tua vida, e não conseguir sequer saber uma vírgula, uma triste vírgula ou travessão de um pedaço de feijão. bem se vê que o tempo é bem padrasto contigo. provavelmente, caiu numa foça, tá mal por uma outra rainha das neves....

- mas tudo bem, esse é teu destino, justamente por essas reações formidáveis, que tu já deveria ter enterrado há algum tempo, hein. tá mal? ação e reação. e assim será por toda a vida toda vida, até que tu cresça e tua macheza não dependa no teu gingado de macho dominante. aliás, o bom gingado, (aquele mesmo, o gostoso que a gente conhece) é apenas um iceberguizinho, que representa o fiofó lá do cachorro lá do sítio.
olha pra cá! não estou jogando, como tu, cacete poluto, aqui não é jogo de dama, xadrez, ai, odeio bingo! ou o baralho a quatro. o que

- existe é a vontade de um diálogo dinâmico, mesmo que rápido. e não esse banho maria ridículo em que tu acha fazer doce-de-leite.
tenho, consideração, amizade, paixão e um quase formigamento odiento de ti. mas tudo bem, fazer o quê?

- a ti, tudo de bom, sempre.

- cara! eu tava no banheiro. foi fulminante.

Um comentário:

Anônimo disse...

caramba, maior tempão que eu não vinha aqui dar um look na produção. cara, tu não esmorece, mesmo!
tudo muito tri. tudo muito bem bolado, e as imagens? caramba, hein?