quinta-feira, janeiro 27, 2011

menininhes da história



nesses últimos dias, um pouco antes antes de conhecer a marina, sinto que os essenciais instintos estão mais soltos do que nunca, - rédea às largas, nenhum freio e sequer boleta pra travar.
sabe, gostei dessa tensão esticadinha do fio vital da gravidez. fio de um trapezista experiente. de quem não pode errar, porque já nem arrisca quem sabe não haver pit-stop nas alturas. ah, e se eu falar da bendita justeza certeira no pisar mesmo com os ossos moles? troço pra macho mesmo. salto alto?
jamé, bebé.
mas, enfim, sinto-me muito viva, alerta, sagaz, sempre pronta pro bote antes de qualquer rápido piscar.

viva a natureza! e, tenho dito: pra parir tem é que ser macho. então, nesse instante própício, reflito sobre a espécime legitimada como tal pela ciência; infundadamente, é claro. pois, caramba! olha lá! vê se não é? são tudo-tudo menininhas ticudas; menininhas medradas, passarinhos temporãos, famélicos, de boca aberta, esperando a mamãe voltar para enfim viver e ufa - arriscar um bater de asas.



sim, vocês não sabiam? houve um equívoco semântico dos graves na história das palavras: meninos são meninas! meninas são meninos!