domingo, abril 13, 2008

um dia a menos para o nunca mais



como pode o tempo passar assim entre nossas vidas?
sim, o tempo, essa batida inaudível, nunca percebido único e valioso a cada momento em que não se escuta nunca o seu badalar nos tantos relógios no mundo...

enquanto os tantos trens partem, ou enquanto chegam na estação da vida, cabeças meneam, melenas voam, crianças nascem, pássaros cantam, nossa única constância é não perceber que a vida não se tem toda por viver!


o futuro não é lá adiante, todo distante!
o futuro, esquecimento nosso da hora, é agora!

morremos todos os dias um pouco
e a morte
sem Deus nem lei,
não chega em sentença aguardada

vem ela a cada nascer do sol


não se trata, meus caros, de pessismismo aviltante
trata-se, sim, saber viver instante a instante