quarta-feira, agosto 16, 2006

espelhos de dentro

os pensamentos volteiam randômicos na cuca. transladam o jeito sul lá na ala norte do bronx desabituado a jeitos sulistas, mas bah, pra ti vê, tchê. fica tudo misturado como novelo de vó cansada e a entropia se institui celeste nos neurônios da senhoura desse espaço.
as vagas naturalmente empurram a espuma dos miolos entoxicados lá pra beira da praia do cabeção e o resultado desse solto vai-e-vém de águas espúrias é que curtos- tzzzz- tzzzz- tzzz - se entrecruzam cá e lá, lá e cá, me deixando de arregalada cara-a-cara com o outro eu bem mais hediondo que não queria ver pra continuar na ilusão de que a minha outra metade não é francamente endurecida de verbo. não! não! eu não quero ver o oco!


eu alongo. faço, sim - faço alongamento de músculo tamanhos. sou vaidosa da mente e do corpo. mens sana corpore sano, ai, claro, todo reles mortal sabe escrever essa merda de frase. mas a real é que esse clichezão dos Césares resumem um ideal cultivado desde que percebi coisas do corpo e da massa cérbera como interligadas cúmplices.
meu, não tem essa. corpo e cérebro andam juntos, e a excusa de estar caidaço e molengão, desculpem-me a franqueza mordaz - é a escolha deliberada de ser o que se é sem a mínima ambição de ser pavão.
mas enfim, escrevo, enrolo, e nada de novo acrescento, reparou? e, vejam só, mais um dia transpassa a folha do calendário impiedoso do tempo.
pôxa, difícil questã essa ...
não queria dizer de imediato, mas...
agora, azar, lá vai:

ora, de se deparar, assim, no más, com o não-ser funcionária pública da palavra como havia imaginado durante todos os dias deste ano.
put´s. isso acontece quando eu limpo os espelhos de dentro. a realidade chamou o limpol que fisgou meus torpores com anzol.
puxa vida, que besteirol.

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