terça-feira, julho 14, 2009

a máscara do capo

uma hora hora, ela me disse:
"-repara naquela cara cínica, de dedo-duro que ele tem. pode crer, pode crer que, por pequenos detalhes, a máscara dele cai sem ele se dar conta."


...fiquei a matutar o esquema da "máscara caída", e, no mais dos passos cadenciados, desses que ajudam a digerir idéias, mesmo sem querer, de repente eu me dei conta,- assim, - num súbito piscar de quando cai a ficha e a ligação completa: sim, lá, hoje, eu comecei a notar olhares, olhares magnéticos, daqueles que traem a consciência de quem alguma coisa confabulou; e então não teve erro,- eu estava realmente sentindo a coisa certa. aquela íris enegrecida de pedro bó, mesmo velada com cortina de ator, se denunciou; simplesmente pelo enviesamento do olho. aquelas malditas bolitas encarniçadas de eletrochoque. ah, me dei conta de alguma coisa no ar. e então claro! foi por isso, por isso daquele olhar tão oblíquo, de lança querendo passar por batuta de bom maestro. caramba, a que caminho estão os capos*. beneficiando-se a troco de entreguismo reles.
e eu?
dedo na goela. mais uma vez.