sexta-feira, fevereiro 15, 2008

deusa da vida

na ausência de tempo hábil para aqui me extender, faço um rápido escolho:
tropeçar nas fases e pinçar as coisas soterradas, porém vivas, vivinhas!




mesmo que esqueça de olhar no calendário, ela lembrará você.
as cores se avivam! as árvores colocam brincos, as borboletas dão aura aos jardins e uma alegria há que se espalha por tudo enquanto os clarins tocam silenciosos sopros de perfumes em duelo.

os passarinhos em suas árias assobiadas despertam os manacás que começam acordar...
as gardênias inclinam-se à brisa que sopra do sul, balançando os Ipês tecedores de tapetes para a grande festa tão aguardada.

na sua recepção quero ser musa, medusa coroada de flores pra dançar bonita nesse mundo que agora a espera.
e depois de tantos passos, contra-passos, ritmos e cantos de fada, quero, de olhos fechados, jogar confete de pétalas, gritando bem alto:
deusa da vida, da rotação efêmera! venha primavera!