Essa poesia eu fiz para o meu amigo de Terra Santa, Eduardo Saint Pierre.
O abraço dele sempre foi bom, mas, como dizem, para alguns, o tempo é como vinho em barril de carvalho, e, sem dúvida, o guri se aperfeiçoou no abraço.
Ô Dudu, um abraço!

não sei se algum dia o leitor sentiu
mas o abraço mais gostoso do mundo
ao contrário do que muitos pensam
apesar de ser aquele famoso
que envolve por inteiro
não é o de polvo
o abraço mais gostoso do mundo
não tem fundo
ele é fofo
fofo que suga
tal qual refil de tinta no tinteiro
e ele se estende até o dedão
e pode crer, não é massagem, não
na medida certa é pressão
de repente, incrível!
tudo pára
ouve-se um coração
é a cabeça perto do tum-tum cebolão
num acolhimento que por pouco
não vira um bom colchão
ah, o melhor abraço do mundo...
vitória das pestanas em alerta!
quando então a vida dum piscar
até o outro fechar dos olhos
por um milagre não consegue ser sonho